Conecte-se à Essência!

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Um  convite!

Convido a olhar para você quando bebê recém-nascido (estou fazendo o mesmo daqui, ok?!). Mal dávamos conta de segurar a cabeça no corpo. Poucos meses adiante, já engatinhávamos e em seguida, ainda que buscando apoio, ficávamos sob os nossos dois pés! Cada um no seu tempo, descobrimos sozinhos como andar. Incrível refletir sobre a nossa capacidade de aprendizagem, de assimilação e de superação… Incrível sentir como era a nossa conexão com o Divino! \o/

Sem dizer da nossa comunicação não verbal, éramos mestres. Entendíamos e nos fazíamos entender muito bem. Estava tudo certo.

Os anos passaram e cumprimos o padrão: escola, boletins, melhor aluno, filho exemplar, passar de ano, passar no vestibular, entrar no mercado de trabalho, sobreviver no mercado de trabalho. Em resumo, nossa cultura e educação nos impuseram as seguintes condições: ser o melhor sempre, não errar nunca (em um treinamento específico, peço que as pessoas repitam “eu posso errar e eu vou aprender” e alguns alunos empacam, engasgam, murmuram, e não conseguem dizer isso com firmeza). Não percebemos o quanto a coisa toda degringolou por termos nossa identidade atrelada à essa condição. Criamos máscaras e armaduras. A necessidade de ser visto, de pertencer e de reconhecimento nos cegou. Adoecemos. Espiritualmente adoecemos. Emocionalmente adoecemos. Acredito que quando a doença chega ao corpo físico é o ponto inicial da cura. Porque daí sim, sinestesicamente, sentimos a dor da doença instalada. Não tem jeito, é chegado o momento de parar e revisar tudo.

Talvez eu esteja “chovendo no molhado” para muitos, mas estou sentindo que o be-a-bá precisa ser revisitado. Aquilo que está escancarado na nossa cara é o mais difícil de enxergar. Possivelmente por ser o mais difícil de aceitar. Nossa alma sabe, mas o nosso ego cria ilusões… Então, ficamos correndo atrás do rabo.

Vamos voltar ao tempo de bebê… aquele tempo no qual não tínhamos medo do julgamento, preocupação em ser o primeiro a andar da turminha, nem do que os outros iam pensar. Havia amor e respeito. Por nós e pelos outros. Respeitávamos nossos limites, nossas preferências, nossos talentos. O amor era genuíno e expresso deliberadamente. Havia equilíbrio entre o dar e o receber, havia respeito pelos que vieram antes e todos fazíamos parte de algum sistema que, energeticamente, estava unido a um grande sistema, um único Universo.

Não lembro quando, mas em algum momento dessa competição, instalou-se o “ou” na minha vida. O bagulho é incrível, tem uma força violenta e é difícil se libertar dele. Funciona mais ou menos assim: ou você é famoso ou ninguém te vê; ou você tem o kit baita casa/carrão ou é considerado um zé ninguém; ou você tem filhos ou ainda não descobriu o amor incondicional; ou você inicia e termina sua vida profissional na mesma empresa ou é alguém que não valoriza a estabilidade; ou é o primeiro lugar ou não tem chance na vida; ou trabalha no que gosta ou ganha dinheiro; ou somos durões ou viramos motivos de risadas; e por aí vai.

Aprendi (confesso, há pouco tempo) a considerar o “e”. E isso tem mudado consideravelmente meu jeito de ver a vida e, consequentemente, o meu jeito de viver a vida. E, claro, eu mudei. Como fazer isso, Magda? Lembra do bebê? Volta lá, conecte-se. Naquele tempo, vivíamos no mundo do “e” e das infinitas possibilidades. Por inúmeros motivos, acreditamos que não podemos ser assim na vida adulta.  Duas palavras importantíssimas: consciência e equilíbrio.

Alguns processos de coaching que conduzo atualmente estão direcionados ao encontro da missão e fico feliz à beça com isso. Há uma pegadinha oculta nessa busca da missão, “fulano já se achou e eu ainda não”. Ao agir assim, voltamos à fase “fulano tirou nota 10, e eu também tenho que tirar”. Estou certa de que todos viemos por um propósito maior e viver conectados a esse propósito é algo indescritível. É como se não desse para viver de outro jeito, você acorda e dorme com isso, pensa, sente e age conectada a isso. Não significa que somos melhores ou piores (percebem o “ou” chatinho aqui?). Isso nos torna responsáveis. Responsáveis pela transformação do mundo.

No fundo, essa é a missão universal: transformar o mundo num lugar melhor para viver. Descobrir a missão individual passar por “como eu posso contribuir para transformar o mundo num lugar melhor para viver? Qual talento possuo e que posso disponibilizá-los à serviço do bem maior?”. Aquiete-se. Silencie. Conecte-se. Sua criança sabe. Sua alma sabe… “Está tudo certo no aqui e agora.”

Como diz Lulu: vamos viver tudo o que há para viver… vamos nos permitir…

Fé e força, galera! Que dezembro seja de descobertas. Que 2019 seja de realizações.

 

Muito amor… pela vida, pra vida, com a vida

Magda

 

MF, 03/12/2018

 

Ser Transformadora

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Existem muitos níveis de impacto e contribuição que treinadores, professores e educadores proporcionam aos seus alunos. Alguns ensinam conhecimento, e este conhecimento pode transformar mentes. Alguns emocionam e ensinam humanidade através de seu coração, e assim tocam o coração dos alunos. Alguns ainda transmitem força, perseverança e uma mensagem de “você pode!”.

 

E há também aqueles que tocam almas, aqueles corajosos (agem com o coração, do francês coeur = coração, age = ação) que ensinam porque o fazem conectados às suas missões de vida e visões de um mundo melhor. Estes, podem ser tímidos, mas não se intimidam. Podem ser discretos, mas são transgressores. Podem ser pequenos, mas sentem grande. Podem parecer equilibrados, mas experienciam os extremos das emoções. Esses entregam-se de tal forma, que antes de compartilhar com o mundo, sentem e experienciam tudo, sem direito a escolhas do que conseguem ou não suportar. Vivem com uma certeza: o amor  cura e faz o mundo melhor.

 

Li há algum tempo que não podemos levar os outros a caminhos que ainda não passamos. E esse tem sido o maior desafio na arte de ensinar e transformar vidas. Estou certa de que, em algum momento da vida (dessa ou de vida passada), houve um pacto: aceito essa missão e, para tanto, que eu mesma seja o meu principal objeto de estudo, custe a dor que custar. E então se cumpre a magia: a própria vida torna-se o campo de estudo. Quando você acredita que gerencia com maestria as suas emoções, quando você acredita que tem “escuta atenta”, quando você acredita que age com empatia, quando você acredita que já vivenciou todos os gatilhos que disparam a dor, a vida sabiamente lhe dá a oportunidade de aprender um pouco mais. Um cala boca no seu ego, sensação de maremoto, com direito a ressaca daquelas… Chega a ficar difícil reconhecer a centelha divina que nos habita desde sempre. Mas se tem algo que funciona muito bem em todos os momentos e na turbulência a gente tem que se agarrar nele, é a fé! Aquele sentimento de “não sei o que tá acontecendo, não tem explicação, mas tá tudo certo!”. E, mais uma vez, a magia acontece: há a companhia dos transgressores, dos grandes, dos desequilibrados e corajosos. Os anjos que se dispõem a compartilhar do mesmo aprendizado e cura.

 

Diz Ram Dass, “não podemos saber sabedoria… não posso saber sobre estar molhado sem ter estado molhado”. A sabedoria é mais do que uma questão de saber, é uma questão de sentir e mais do que isso, de ser. Não posso ensinar sobre se secar, se nunca me molhei. Por aí…

 

Finalizo com um pensamento, que oportunamente reli esses dias: “Isto é para os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os que são peças redondas nos buracos quadrados. Os que veem as coisas de forma diferente. Eles não gostam de regras. E eles não têm nenhum respeito pelo status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou difamá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Eles empurram a raça humana para frente. Enquanto alguns os veem como loucos, nós vemos gênios. Porque as pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo são as que, de fato, mudam.”(Apple)

 

Para quem está ao meu lado, para os meus amigos, para os meus coachees e para os meus alunos, o meu amor e gratidão.

MF, 30/09/2018 em Pato Branco, PR.

 

 

 

O exercício do amor pelas nossas crias!

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Houve um tempo da minha vida no qual me vi sendo mãe e pai ao mesmo tempo. Eu sentia um medo enorme. Pensava: não sei nem ser mãe, como ser os dois juntos? Um outro pensamento trazia paz à minha alma: eu tinha plena certeza de que, ao sermos agraciados com a maternidade/paternidade, recebemos também outros dons – viramos historiadores, cozinheiros, cantores, mágicos e curandeiros. Também viramos onça, coruja, golfinho e o próprio rei leão! Viramos ainda estrela, sol, mar e floresta…

Por que então, apesar do nosso maior desejo de superação, nos pegamos sentindo culpa? Por que então, não conseguimos tomar posse desses dons recebidos?  Por que apesar de tamanho amor, agimos no “lado inverso”, o do medo?

Porque no fundo ainda temos dentro de nós aquela criança criada na base de coações e condições: “Se você se comportar… Se você obedecer… Se você tirar boas notas… Se você não brigar… Vai receber isso ou aquilo”. Aprendemos o amor Condicional.

E apesar de toda a evolução e luta da nossa ancestralidade, ainda corre em nossas veias e está bem guardadinho em nosso coração, os traumas da nossa criança. Ainda que façamos um baita esforço para sermos diferentes, inconscientemente, repetimos padrões. E, ao invés de emanarmos amor, sentimos raiva. Raiva, inclusive, de nós mesmos. E entramos no círculo vicioso da culpa, do medo e da raiva e, consequentemente, sentimos impotência e fracasso, como pessoas e como pais.

Aprendemos que sentir raiva é ruim e feio e então, guardamos. Quanta raiva calada reprimida! E vamos nos distanciando de quem podermos ser no momento, idealizando uma imagem de perfeição. Quantos rótulos que ainda nos habitam precisam ser destruídos.

Ficamos viciados em criar crianças boazinhas compulsivas por agradar o outro. E nos perdermos em dar-lhes limites, confundindo liberdade, liberalidade e proteção, e errando nas medidas. Educar também pressupõe não agradar os filhos a todo instante. Equilíbrio… É nesse momento que precisamos visitar a nossa infância e acolher a criança assustada e desprotegida, e nos livrar das emoções conturbadas por feridas internas ainda escondidas.

É preciso aceitar, acolher e curar a nossa criança. Agora, já adultos e pais, precisamos dar colo para a nossa criança, para então sermos o colo farto de amor INcondicional aos nossos filhos. Precisamos aceitar que somos seres em evolução e, da mesma forma que amamos os rebentos como são, eles também nos amam como somos. Precisamos liberá-los da perfeição, mas antes, precisamos nos liberar também. Liberdade para todos.

Requer um estilo mais humanizado de educação, onde não existem super-heróis, e sim, pais e filhos sempre em construção. Sem punir, sem culpar, sem negligenciar, sem superproteger. Requer tirarmos as máscaras, as armaduras e as fantasias. Requer ativarmos todos os dons divinos que herdamos. Requer aceitarmos amorosamente nossas limitações. Requer nos abrirmos diariamente para as mudanças. Requer consciência. Requer o retorno à essência: amor. O resultado? Amor! Somos amor!

Não é uma tarefa fácil, mas talvez uma das mais belas: o exercício do amor para com as nossas crias.

 

MF, 08.08.2018

 

 

 

 

 

 

 

 

Bye Bye Curitiba

Parece que foi ontem…, mas passaram 23 anos que moro nos alpes paranaenses! Tenho mais tempo de vida aqui do que em qualquer outra cidade que já morei.

Curitiba confunde: é fria, cinza e calada; também é multicores e quente quando quer. Curitiba é extremista: quando é frio, é frio; quando é calor, é calor, simples assim. Não há roupa “meia estação” como em outras cidades. Se você busca equilíbrio, Curitiba não é lugar pra você. Curitiba é intensa, charmosa e sabe seduzir!!! O que são os ipês curitibanos? E as copas das árvores da Avenida Getúlio Vargas, entre outras ruas, se entrelaçando feito amantes? Uma alegria ver o verde por todos os lados.

Nem sempre é possível ver a lua ou o sol, mas aqui há o fim de tarde mais lindo do mundo no inverno. Um presente de céu laranja avermelhado que indica que virá um amanhecer gelado de trincar os ossos… Então, existem os cafés, os bistrôs, as vinícolas, que trazem um certo calor aos estrangeiros friorentos como eu. Então, também, (re)encontro especiais amigos de caminhada.

Quanta coisa vivi, senti, aprendi e ensinei. Chorei de soluçar, gargalhei de engasgar, tropecei, voei. Errei, acertei, perdoei e fui perdoada. Engoli quadrado e não vomitei. Adoeci. Repensei e ressignifiquei. Transformei e reergui. Renasci e recomecei. Entendi que a vida é feita de “começos” diários e ter asas exercita o equilíbrio e é o elixir da juventude. Em alguns processos tive companhia, noutros encarei sozinha, de frente, na raça. Me pergunto se foi teimosia, imaturidade, miopia egóica, falta de humildade ou excesso de coragem. A resposta que me vem é a seguinte: “tá tudo certo, menina”!

Aqui perdi sangue, perdi uma vida, renovei minha fé e aprendi a sentir. Alguns abraços a gente não vê, mas aquecem o coração de um jeito… são inexplicáveis e maravilhosos! Garanto pra vocês: pensar com o coração é tão tão bom! Se nós mulheres somos de fases, sei lá quantas eu vivi aqui…

Aqui eu conheci a diferença entre religião e espiritualidade. Aqui eu amadureci. A maturidade traz serenidade e responsabilidade. A responsabilidade pela nossa felicidade, que aliás tá dentro da gente, junto com o amor. Sendo assim, os levamos para todos os lugares. Quer uma dica? Independentemente do que estiver procurando, volta para dentro, está tudo aí! E deixa ir o que não faz mais sentido, limpa, libera… Às vezes, dói e faz sangria. Está tudo certo! Confia!

É tempo de ir para uma nova fase em outro lugar… Encontro-me imensamente emocionada. É maduro reconhecer que aquela menina de 23 anos atrás vive soberana dentro de mim: cheia de sonhos, sensível, querendo criar um mundo melhor, com o coração pulsando forte e fazendo acontecer da melhor forma possível. Algo muito importante aprendi e vivenciei nos últimos anos e levo para a vida: ser consciência de quem somos é cura-dor. E sabe o que somos? Amor! Tá dentro, lembra? Quando aceitamos e reverenciamos essa verdade, o Universo nos retribui sorrindo. E é com essa certeza que eu sigo adiante, nada me faz parar. Pode vir fase nova, tô te querendo há algum tempo… Amar nos transforma, nos impulsiona e nos conecta a Deus. Não importa a pergunta, o amor é a resposta. É por ele que eu vou.

Obrigada Curitiba!!! Eu Sou amor e gratidão!

A centelha divina que há dentro de mim dá um abração na centelha divina que há dentro de você!

Muito amor,

Magda.

Curitiba, fevereiro de 2018.

Assim já é! Está feito, está feito, está feito! Optcha! Yuri! Jai ho! Hare hare, hare hama! Amém! Ahow!

A Amizade

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Estou fora de casa há dias e não há como não passar por reflexões do tipo: como está minha casa, as plantas, os vizinhos, os porteiros, o pessoal da corrida de rua, meu amado Chico, a família e os amigos em geral. Durante essa reflexão me dei conta que já são quase 30 anos morando distante da família e o quanto a presença dos amigos fez e faz diferença em minha caminhada.

Em minha profissão também observo isso: as conexões que acontecem entre as pessoas, as equipes, a dificuldade de estabelecer e manter tais conexões. Aaaahh, as relações interpessoais.

Tudo começa com a abertura e tudo termina com a falta de abertura. Parece simples. E é! A gente é que complica. Por que? Porque ser humano é um bichinho complicado mesmo. A boa notícia é que a gente pode descomplicar, basta querer, basta estar aberto. Viu só, voltamos ao “tudo começa com a abertura”…

Amizade requer tempo, dedicação, respeito, confiança. Produz ombro amigo, sorriso solto e a possibilidade de enxergar a vida sobre outro ângulo. É preciso humildade para entender e aceitar que o outro pode ver mundos que nós não vemos, que a referência do outro é outra. É preciso diminuir a distância entre a razão e a emoção. É preciso equilíbrio. É preciso amor.

Amigo dá abraço, dá asas, dá colo, dá chão,  dá puxão de orelha…

Existem amizades que chegam e ficam. Existem amizades que vem e vão. Existem alguns que nem chegam. Os motivos são os mesmos: sinENERGIA e valores. E está tudo certo. Fato é que nada é por acaso, nada é em vão. Em algum momento de nossas vidas, contribuímos e recebemos contribuição dos amigos. Houve troca, houve partilha, houve vida! Vivemos!

Esse texto é uma homenagem a todos os meus amigos. Onde eu estiver, trago-os em meu coração. Vocês me permitem colocar em prática a minha melhor versão. Através de vocês sinto a amorosa presença de Deus. Sou só gratidão!

ps.: representando a amizade e tudo o que vem com ela, nessa foto estão minhas queridas amigas Marisa, Monica e Irene em uma divertida noite paulistana.

MF, 06.08.2017 em Pato Branco, PR.

 

 

Casamento

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O André é um querido amigo e um simpático leitor dos meus textos. Volta e meia indica algum tema para eu escrever. Empolgado com a chegada do seu casório, pediu para eu escrever sobre casamento.

Minha primeira reação foi: Justo esse tema? Justo eu? Minha segunda reação foi: E porque não?

Fui buscar nas minhas lembranças, o que eu pensava, imaginava e queria de um casamento. Confesso que pouca coisa mudou. Mudou a maturidade com a qual penso sobre o assunto. Porque casamento não é algo que se começa com o pensamento “ahh se não der certo, a gente separa…”. Não! Mas pode acontecer… Pode, simples assim!

Casamento não requer anos de namoro, cartório, véu e grinalda nem financiamento da habitação aprovado. Requer o desejo genuíno de amar, amar incondicionalmente, amar com todos os defeitos e diferenças, amar com toda a força e pureza do coração, amar sem cobranças, amar…

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Encontros… Reencontros!

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Tenho refletido sobre os encontros que a vida proporciona, os encontros que tenho me permitido viver… O quanto eles mexem com a minha vida, com o meu ser. Ajeitam o que precisa ajeitar, desajeitam o que precisa desajeitar, desarrumam o que estava na zona de conforto, despertam, impulsionam, tranquilizam, suscitam novas emoções… Fazem uma deliciosa bagunça!

Fico pensando se o mesmo acontece com eles, ou seja, se eu também mexo com a vida das pessoas que encontro por esse caminho chamado vida.

Há quem goste de “chegar chegando”. Gosto de ”chegar de mansinho”, respeitando o espaço do outro, sendo fiel ao meu jeito de ser. É da minha natureza ser assim. Sinto-me em paz sendo assim. Sinto-me respeitada quando agem assim comigo. Dando ao tempo, o tempo e espaço que ele precisa. Mas esse tempo não pode ser medido em dias ou minutos ou ciclos lunares. É um tempo que…

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Coragem!

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Nos últimos tempos, estive refletindo sobre coragem.

A palavra coragem vem da raiz latina cor, que significa “coração”, pela noção corrente em tempos clássicos de que este órgão era a sede desta qualidade. Para os franceses, coeur = coração, age = ação. Ou seja, estamos falando aqui em agir com o coração.

Defendo arduamente as ações que são fruto do coração, mas refiro-me agora ao jeito amoroso que precisamos ter com a gente mesmo. Aquele jeitinho mais leve de lidar com aquelas questões que não gostamos na gente ou ainda aquelas que estamos “patinando” há algum tempo. É olhar para dentro de si com mais amorosidade. É permitir-se ser “imperfeito” e conseguir ver beleza nisso.
Por n razões – educação, religião, crenças diversas, sociedade – criamos em nossa mente um combo de super homens e mulheres incríveis (o corpo da cantora + a mente da Mrs. Obama + a conta da executiva + a popularidade de fulana de tal), e passamos uma vida correndo atrás disso. Seguimos o inconsciente coletivo…

A jornada do autoconhecimento é linda e, ao mesmo tempo, repleta de indagações existenciais. Ao fuçarmos as questões do autoconhecimento, nos damos conta que não somos super homens nem mulheres incríveis e aí a coisa pega. Todo aquele investimento para sermos o que não conseguimos ser (e possivelmente, se analisarmos, nem queiramos ser) passa por um revisão crítica e severa da nossa mente. Aí entra a coragem!

A amorosidade de aceitar quem realmente somos. A amorosidade de definir metas tangíveis para melhorar o que é possível. A amorosidade para conviver consigo mesmo em todos os ciclos da vida. A amorosidade necessária para aceitar que o seu tempo de aprendizado pode ser diferente. A amorosidade para seguir firme também no árduo período de plantio. A coragem para aceitar que, ainda que não seja um super homem nem um mulher maravilha, você é único. E, se você permitir, a vida dará um jeitinho de lhe mostrar o quanto você é especial!
MF, 17.04.2017

Sobre Ser Infinito

Sobre se sentir infinito… Sobre o Dia da Mulher, Dia da Criança, Dia dos Pais, das Mães, dos Namorados, do Amigo, etc.

Uma querida amiga dias atrás me falou que eu vivo num mundo à parte, alegando que estou sempre feliz e sempre vendo o lado bom das coisas. Concordei em grande parte e então, começamos a filosofar sobre a tal felicidade. Compartilho parte daquele papo e sobre os meus argumentos, coloquei-os em artigos pra ficar divertido.

Da minha Constituição sobre Viver e Ser Feliz: Artigo 1º: O amor faz o mundo melhor, o amor cura, por ele e através dele cada célula do nosso corpo vibra e vive; sentir amor, irradiar amor é transformador; fazer com amor faz toda a diferença; fazer amor é bom demais. Artigo 2º.: A felicidade está dentro da gente, sinta-a. Artigo 3º.: Coisas muito boas acontecem todo santo dia, sinta-as. Artigo 4º.: Existe uma beleza indescritível no simples e nas pequenas coisas, sinta-as. Artigo 5º.: Sejamos gratos por tudo, tudo mesmo. Artigo 6º.: Lembre-se de respirar e aprenda a dizer não. Artigo 7º.: Ria de si mesmo, ainda que pareça loucura ou sem sentido para os outros. Artigo 8º.: Estabeleça limites para a opinião dos outros. Artigo 9º.: Somos filhos de Deus e isso significa que temos um mundão à nossa disposição, como filhos herdamos dons Divinos e precisamos nos reconectar (cada um descobrirá o seu jeito de fazer essa reconexão) para lembrar de como fazer o devido uso desses dons. Artigo 10º.: Medite; a meditação relaxa, energiza, alinha, traz insights, diverte, ajuda na reconexão. Artigo 11º.: Cuide da criança que existe dentro de você e sempre que possível, deixe-a livre, sinta-a. Artigo 12º.: Se cozinhou, não lave a louça; é um sentido figurado de dizer “tenha equilíbrio” e isso serve pra tudo; conheça as polaridades e aprenda a ser equilíbrio. Artigo 13º.: Presença é o presente mais valioso que podemos dar ou receber. Artigo 14º.: Esteja presente no aqui e agora, é aí que a vida vive. Artigo 15º.: Certo ou errado não existem, nem fórmulas prontas, crie-as. Artigo 16º.: Confie; confiar torna a vida mais leve; confiança + amor é dupla sensacional; confiar desconfiando não serve, isso é o mesmo que não confiar. Artigo 17º.: Sinta tesão, pelo que você faz, pelo que você é, pela vida e pelo seu companheiro (a). Artigo 18º.: Respeite e zele pelos 4 elementos: água, ar, terra e fogo. Artigo 19º.: Responsabilize-se por você e pela sua vida, com amorosidade, consciência e serenidade; não terceirize seus pensamentos, suas palavras ou ações, tenha as rédeas da sua vida. Artigo 20º.: Descontrole-se, liberte-se de querer ter o controle; ama, confia, respira e segue. Artigo 21º.: Não é o tempo que cura, é o amor. Artigo 22º.: Respeite e cuide dos bichos e da natureza e, sempre que possível, esteja perto deles. Artigo 23º.: Exercite a empatia e a compaixão; no começo é difícil, seja insistente. Artigo 24º.: Invista em autoconhecimento, seja de que modo for; isso facilitará a sua vida em todos os seus aspectos. Artigo 25º.: Viaje sozinho para um lugar desconhecido, distante da sua zona de conforto. Artigo 26º.: Ouça com o coração, veja com o coração, fale com o coração, aja com o coração, quando estiver viajando sozinho para o lugar desconhecido e em qualquer lugar, a qualquer hora. Artigo 27º.: Cuide do seu corpo, sinta-o, respeite-o, ele é sua casinha. Artigo 28º.: Espiritualize-se. Artigo 29º.: Mexa-se, faça acontecer. Artigo 30º.: Em caso de pressão máxima, aperte o botão do foda-se sem mimimi e continue respirando, lembre-se que está tudo certo e você não precisa dar conta de tudo; tire o “tem que” da sua vida. Parágrafo único: a vida é para ser vivida todos os dias, todos! Adendo do parágrafo único: nada de esperar data disso ou daquilo para celebrar, declarar, dançar, beijar, presentear, cantar, sorrir, aprender, agradecer, acolher, perdoar, sonhar, amassar, amar; nada de esperar a sexta, a segunda ou o ano novo.

Ana Vilela cantou e encantou:
“…Não é sobre tudo que o seu dinheiro é capaz de comprar

E sim sobre cada momento, sorriso a se compartilhar

Também não é sobre correr contra o tempo pra ter sempre mais

Porque quando menos se espera a vida já ficou pra trás

Segura teu filho no colo

Sorria e abraça os teus pais enquanto estão aqui

Que a vida é trem bala, parceiro…”

Soa incoerente encher o peito para cantar “a vida é trem bala e a gente é só passageiro prestes a partir” e esperar o final de semana, as férias, o tão sonhado emprego para viver. Esperar datas “especiais” para dizer para pais, mães, filhos, irmãos, amigos, companheiros e companheiras o quanto aquela pessoa é importante, o quanto somos gratos, o quanto somos mais felizes por compartilhar nossas vidas com eles. Soa incoerente esperar o amanhã para mais um passo, para um novo roteiro, uma nova direção. Soa incoerente depender de algo ou alguém para ser feliz. Diariamente há algo em nossas vidas que merece ser celebrado. O “pra sempre” é feito de “agoras”. 
Sou favorável a celebrar as datas festivas, desde que elas não sejam condicionantes para a felicidade.
Sou oceano. Sou céu. Sou amor. Sou infinito. E assim sigo…
Feliz dia de hoje!!!
Amor incondicional,
Magda.

ps.: fotos de alguns momentos sem glamour (para os padrões convencionais), no entanto eu estava me sentindo exatamente assim:  
É saber se sentir infinito / Num universo tão vasto e bonito, é saber sonhar / Então fazer valer a pena / Cada verso daquele poema sobre acreditar.

MF, 08.03.2017.

Eu Posso… Você Também! 

Gostar de rosa, também de azul.

Ser exigente, também mediadora.

Tímida em público, também dançar ao som da chuva no meio da rua.

Não saber tocar piano, também fazer agito com castanholas e tambor.

Ter medo do escuro, também enfrentar as sombras.

Sonhar grande, também ver beleza no simples.

Andar de havaianas, também usar longo.

Corridas de rua, também praticar yoga.

Bichos, também os frutos da patchamama.

Estudar muito, também fazer comidinha.

Rodeada de muita gente, também quietinha no refúgio.

Andar de busão, também viajar pelo mundão de meu Deus.

Mergulhar com a mão no nariz, também saltar de paraquedas.

Trabalhar com foco, também sorrir um monte.

Errar o suficiente, também curar os outros.

Perder uma filha, também fé na vida.

Alguns tombos, também amar sem fim.

Viajar nas ideias, também presente no presente.

No meio dos prédios… Amor pelo mar.

Apaixonada pelo sol… Amante da lua.

Uma criança saltitante… Uma jovem saltitante… Uma mulher saltitante.

Louca… consciente!

Transformar-se todos os dias. Eu quero. Eu posso. Pra começo de conversa.
 Você também pode. Fim de conversa.

 MF, 06.03.2017

Seguindo Novos Caminhos

05.1

Tomara que esse texto chegue para todos que estão com o coração pulsando por novos caminhos… 😀

Amigos e clientes me questionam sobre como é mudar de carreira, quando que dá o click, se estou mais feliz, se ganho mais, etc. Resolvi contar sobre a minha experiência.

Bom, tenho que falar um pouco sobre minhas aspirações e sonhos, aqueles que todos temos antes mesmo de prestar o vestibular. Contar também sobre o que faziam meus pais, suas habilidades e o tamanho da influência que isso pode ter em nossas escolhas profissionais.

Herdei de minha mãe, matemática, o gosto e a habilidade para lidar com números, cálculos e todos os tipos de contas. Detonei em matemática e física no vestibular. Também mandei bem em redação, mas isso não sei de quem puxei.

Herdei do meu pai, o tino para a área comercial e o traquejo para lidar com as pessoas. Ele tinha comércio de materiais esportivos e eu adorava ajudar na loja depois de chegar da escola.

Graduei em Administração com Habilitação em Comércio Exterior, o Comex veio única e exclusivamente de um desejo de outras vidas de voltar a morar perto do mar. Em Joinville, onde graduei e iniciei minha vida profissional, trabalhei na área comercial e fazia todo o processo de venda desde a prospecção até o pós-venda. Vendi de geladeiras e aparelhos de ar condicionado a tubos e conexões de pvc. A trabalho, nessa época, viajei para o Sul e Sudoeste do Estado de Santa Catarina e conheci o Estado de Pernambuco. Foram boas viagens.

Novos sonhos me trouxeram a Curitiba e aqui ingressei na área Administrativa Financeira, colocando em prática, parte do que aprendi na facul. Trabalhei em uma gigante multinacional da área de TI e costumo dizer que foi a melhor e a pior empresa da minha vida. Era uma empresa ágil, aberta, que instigava diariamente o tal correr riscos. Os funcionários tinham autonomia, responsabilidade e a remuneração condizia com tudo o que nos era proporcionado, bem como tudo o que era cobrado em termos de resultados. Porque então a pior empresa? Porque, embora eu tenha tido experiências enriquecedoras em outras empresas depois dessa, nenhuma outra me fez enxergar tão longe e despertou em mim o gostinho por arriscar. Anos depois, me especializei em planejamento estratégico, financeiro e balanced scorecard. Sou daquelas que, ou faz bem feito ou nem sai de casa, então posso afirmar sem modéstia, que sempre fui uma excelente profissional. Errava, mas era boa em corrigir, aprender e ensinar. Até aqui, tudo bem obrigada, apesar das habituais 10 horas diárias de trabalho. Entrei no automático e só fui me dar conta disso algum tempo depois. A trabalho, nessa época, viajei aos Estados Unidos e todo o Estado do Paraná. Foram boas viagens.

Era uma noite gelada em Curitiba, devia ser próximo das 23h e lembro que todos os carros estavam cobertos de gelo no estacionamento da empresa. No caminho para casa, quase chegando, encontrei o caminhão do lixo, aquele que faz a limpeza noturna na cidade. Pqp, pensei, pois não dava para ultrapassa-los e mudar o trajeto era arriscado em função do horário, e eu desejando chegar em casa o quanto antes. Reparei que os moços que estavam recolhendo os lixos brincavam, sorriam e jogavam bola entre pegar um lixo e outro. Naquele momento pensei: estou dentro do carro, ar condicionado quente ligado, ouvindo minhas músicas, porém estou insatisfeita; eles estão do lado de fora, no frio, provavelmente sentindo cheiro do lixo, porém estão se divertindo e, aparentemente, muito felizes.

Essa reflexão ressoou em mim por dias, semanas… conclui que gostava do que fazia, mas estava no automático, o tesão e o brilho nos olhos já não faziam parte do meu ser. E todos nós, genuinamente, temos isso (tesão e brilho no zóio).

Nessa época, por motivos pessoais, eu já investia em autoconhecimento, bem como em outras alternativas para diminuir o stress. Chega um patamar da carreira em ambientes corporativos que, nós mulheres, temos que ser mais macho do que muito homem. Mas, essa não era a minha essência, e eu me esgotava. Foi aí que “cruzei” com a deeksha, a meditação, o reiki, o xamanismo, a terapia ayurvédica, a yoga, além da corrida de rua, a qual já fazia parte da minha rotina há anos. Também comecei a me interessar pela leitura de outros autores que não me foram apresentados na facul nem nas organizações. Em algum dos livros lidos nesse período, houve uma questão sobre qual era a brincadeira preferida da infância. Resposta: eu dava aula para as minhas bonecas! Amava fazer isso, colocava elas lado a lado, um quadro negro com cavalete ‘muito da hora’ que eu tinha, minha caixinha de giz e mandava ver.

Nessa época também, eu tomei uma decisão: não queria pagar o preço de um cargo mais alto, essa aspiração já não fazia mais parte da minha realidade, já não fazia mais sentido para mim. Abro parênteses aqui: era uma escolha minha e admiro todos que conquistam seu espaço seja ele qual for, indiferentemente do nível e o preço que pagam. Fato é que aquele já não era um espaço que inspirava os meus pensamentos e ações. Entendo também que o futuro nas organizações é a “horizontalização” e a geração millenium está aí para mostrar que hierarquias podem ser dispensáveis, que a liderança precisa ser servidora e a vida profissional também deve ser vivida com muito prazer. Eita moçada porreta.

Num dos processos de autoconhecimento, conclui que o que eu mais gostava de fazer naquela minha rotina corporativa maluca era organizar, elaborar, cuidar, criar e aplicar os programas de desenvolvimento para a equipe a qual era gestora. Eu também me divertia treinando, informalmente, novos gerentes. A resposta tá na cara da gente, ou melhor, tá dentro da gente, mas é preciso silenciar para ouvi-la e senti-la. Também é preciso querer senti-la.

O que eu posso dizer é que quando colocamos o nosso melhor a serviço do Universo, o mundo todo sai ganhando, diariamente nos transformamos e transformamos tudo a nossa volta. E quando o trabalho nos dá a oportunidade de compartilhar amor, vale tudo! Isso é o que fica! Sabe aquilo que você quer muito fazer, mas acredita ser uma loucura, um sonho? Pense, imagine-se fazendo, fale sobre isso, compartilhe. Quando você expressa, começa a materializar… E ainda toma as rédeas da sua vida. Me permitam um conselho: nutra suas ideias, sinta-as florescer; quando nascem do coração, os outros se unem para nutri-las contigo.

Hoje minha rotina de trabalho não diferencia segunda ou sábado, 10h ou 22h. Não espero férias e não tenho 13º. salário ou bônus. Zerei a previdência investindo em cursos e viagens para a nova carreira. Cada processo, individual ou empresarial, tem o brilho dos meus olhos e a dedicação da minha alma. De verdade, me arrepio e emociono em escrever sobre isso (ai ai…). Eu também sinto medo, sinto dor, tenho insegurança e às vezes corro atrás do rabo, mas aprendi a reconhecer e ver com novos olhos esses sentimentos. Então eu os acolho, negócio com eles, transformo em aprendizado e sigo sorrindo. É preciso amorosidade consigo mesmo para essa autoanálise, bem como deixar de lado sentimentos de culpa ou auto piedade, pois são sabotadores nível hard.

Ajudo as pessoas a se conhecerem, a se conectarem com o seu Eu, a potencializarem seus pontos fortes e a conviverem com os pontos fracos, a seguirem em paz com a sua essência e verdade; ajudo empresas a encontrar as pessoas adequadas para um determinado cargo; ajudo os líderes a lembrarem que antes de tudo, são pessoas, assim como também são os seus subordinados. Acredito na força criadora que todos nós temos e facilito os processos de reconexão com essa “força”. Meu trabalho é um processo contínuo de ensinar e aprender, de acolher e expandir, de curar e ser curada. Somos todos um. Hoje, a trabalho, eu viajo pela mente, pelas motivações, pelos medos e desejos dos seres humanos. É uma bela viagem!

Namastê! Muito amor, Magda.

“Isso de ser exatamente o que se é, ainda vai nos levar além.” Paulo Leminski.

MF, 22.02.2017

Faço Desenho Com As Nuvens

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Eu preciso do sol

Faço desenho com as nuvens, pulo ondas no mar e só costumo sair quando meus dedos estão murchinhos. A brisa sopra em meu rosto, desalinha meus cabelos, antes contra a minha vontade, agora com a minha permissão. Nunca enxerguei tão longe, nem meu sorriso foi tão feliz e meus pensamentos com tanta loucura. Deliciosa e sensata loucura!!!

Costumo correr pelas ruas, faço isto a quinze centímetros do chão, observando o brilho das pessoas, a natureza, o céu, o sol, as flores, os pássaros e a vida cotidiana de uma grande cidade. Meu treinador diz que nunca vou melhorar meu tempo deste jeito, fica bravo, mas não por muito tempo. Fico feliz quando as pessoas não conseguem ficar mais que 3 minutos bravas comigo.

Meu pedacinho geminiano me deixa com as antenas ligadas o tempo todo, entendo tudo sem precisar ler pensamentos. Minha intuição é minha parceira. Meu pedacinho canceriano me faz cuidar das pessoas, há quem não goste ou não entenda, mas é mais forte do que eu, vem de dentro.

Prezo a liberdade e você pode sair da minha vida quando quiser, não sem antes se sentir um pouco mais feliz. Se ficar, ótimo. Vou torcer e me esforçar que seja para sempre. Porque depois de muitos arrepios, eu to aprendendo o caminho. Venha comigo, você não vai se arrepender. Dou a minha palavra e toda a verdade que há nela.

MF, 04.09.2012.

O Amor e Um Mundo Melhor

Live love laugh

SE é uma palavrinha feia, chata, inconveniente, que volta e meia ouço nos processos de Coaching. Eu mesma já a pronunciei em vários momentos da minha vida. Mas agora eu tô mais PRESENTE, mais CONSCIENTE e mais AMORosa, e o SE já quase nem faz parte dos meus dias.

Infelizmente o SE condiciona nossas ações e, consequentemente, os resultados, tirando as rédeas da nossa vida. É um balde de água fria na nossa genuína FELICIDADE. Nascemos sem o SE, mas ao longo da vida, ouvimos diversas vezes: se você passar de ano, o Papai Noel vai trazer presente; se obedecer a mamãe, vai ganhar sorvete; se não brigar com o irmão; se respeitar a professora; se não puxar o rabo do gato…

Eric Berne, psiquiatra norte-americano, foi meio moderninho lá por volta de 1945, ao fazer a anamnese dos seus pacientes através de um método mais simples do que o convencional para os padrões da época (apenas 2 perguntas). Ele também valorizava a imagem intuitiva que fazia dos seus pacientes e com isso, iniciou um rigoroso estudo sobre a INTUIÇÃO. Em 1958, Berne cria a Análise Transacional (AT), um método psicológico que analisa os Estados de Ego (Pai, Adulto e Criança), cada qual com seu conjunto de pensamentos, sentimentos e comportamentos com os quais interagimos com outras pessoas. Estar consciente em qual estado de ego estamos (porque esses estados de ego podem variar no decorrer do dia, principalmente quando não estamos presentes no presente) nos ajuda a comunicar e agir de forma mais assertiva e, porque não dizer, mais HUMANA.

O sonho de consumo das interações humanas é que todos estejamos no estado de ego Adulto (nem Pai nem Criança, nem opressor ou crítico, nem rebelde ou livre demais). Mas e os SEs e outras cositas mais que todos trazemos? Pois então… Berne dizia: “todos nós nascemos príncipes e princesas, mas às vezes nossa infância nos transforma em sapos“. É uma filosofia positiva e de confiança na capacidade que todos nós temos de resgatar a nossa essência. Daí surge a Teoria da Okeidade: todos nós nascemos bem, todos nós nascemos OK.

Outra palavrinha ‘fia da mãe’ é o QUANDO. Quando eu tiver isso; quando eu assumir o cargo tal; quando chegar as férias… Condicionamos nosso PRAZER e felicidade à chegada de algo, de alguém, do amanhã. Vivemos no futuro, desvalorizando a MAGIA e a BENÇÃO que é o PRESENTE.

O AUTOCONHECIMENTO é um caminho poderoso para nos ajudar a resgatar o nosso OK e a viver com maestria o PRESENTE. Também nos ajuda no exercício de olhar para o outro e saber que ele também tem seus SEs, seus QUANDOs e sentir uma profunda COMPAIXÃO. E quando isso acontece, AMAMOS. Amamos a nós mesmos e ao próximo. Tudo se TRANSFORMA! Tudinho!

Pode não ter gosto de brigadeiro nem doce de leite, olhar parar dentro de si e enxergar algumas caquinhas. Mas tem gosto DIVINO ter  a CONSCIÊNCIA de quem SOMOS, tem gosto divino a consciência de que podemos RENASCER todos os dias, tem gosto divino a consciência da nossa capacidade infinita de AMAR.  Acredito e vivo esse lema: O AMOR E UM MUNDO MELHOR. É esse lema que me inspira, que me faz sorrir marotamente, despretensiosamente, e que me move para transformar o mundo. Bora juntos?!

MF, 17.02.17

Ressignificar!

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Viajei. Me perdi na chegada da cidade. E também me perdi na saída. Será?

Quando cheguei, percebi pela quilometragem do carro que já tinha passado do destino. Resolvi entrar na primeira à direita e sentir onde deveria parar e questionar sobre o caminho. Era uma praça, pai e filhinha curtiam a noite quente. Enquanto Josué me explicava como retornar, Luana entrou com tudo (com tudo mesmo) na conversa. Devia ter uns 2 aninhos, esticou os bracinhos me pedindo colo. Engraçado que era a repetição de uma cena acontecida naquela manhã, na garagem do prédio onde moro. Eu também repeti minha ação: peguei-a no colo com a mesma ingenuidade e afeto com a qual aqueles bracinhos me abraçavam. Senti a Julia… Respira Magda…

Na volta, eu não achava a perimetral, estava no meio de uma cidade, parei num posto. Entrou a Marcela, frentista do posto na história. Expliquei donde vinha e qual era o destino. Ela aparentava ser mais nova do que eu e pareceu ficar preocupada. Achei engraçado, mas contive a gargalhada. Marcela repetiu algumas vezes o caminho que eu deveria fazer e certificou que eu o havia gravado. Fiz o retorno que me explicou e passei novamente pelo posto. Marcela estava ali, me esperando, acenou… Reparei pelo retrovisor que ficou me cuidando até que nos perdemos de vista…

Acredito e vivo a filosofia (entre outras) do “presente”, acho de verdade que torna a vida mais leve, mas entendo que às vezes é preciso analisar o passado e avaliar se não estamos repetindo padrões que já deveriam ter sido descartados da nossa vidinha. É uma técnica de Coaching volta e meia oportuna. Busquei alguns momentos em que me senti perdida na vida: a saída de São Chico aos 15 anos; as outras mudanças de cidade (embora desejadas e conscientes); as trocas de emprego; as horas de luta minha e da Julia; a decisão por empreender, etc e tals.  Lembrei que, em todos esses momentos, fui muito acolhida, assim como fui na chegada e na saída de Santos.

Em tempo, reconhecer que temos pontos fracos e refletir sobre como saímos de tais situações nos ajuda a perceber e sentir que somos mais fortes do que acreditamos ser. Sério isso, Magda? Juro procê que sim! Cola nimim.

De verdade, acredito que tais momentos nada mais são do que dicas da vida, do Eu Superior, do Anjo da Guarda, do Buda, de Krishna, de Maria, da voz do além, do que você acreditar, que há outras perspectivas que você precisa enxergar, sentir, vivenciar. De verdade, acredito que precisamos ressignificar a palavra “perdido” para a palavra “oportunidade”, um novo caminho. Aliás, um belo caminho, com belas palavras a serem ditas, com belo momentos a serem vividos! Ressignificar, transformar, mudar, reconhecer, evoluir… Esse quebra de paradigma das nossas crenças só cabe a nós, exclusivamente a nós, e começa de dentro. Assim como também é de nossa responsabilidade criar o mundo ao qual queremos pertencer. O mundo externo e o nosso mundo interno. E isso nos faz mestre de nós mesmos. Demais, né? Vamos juntos!

MF, 15.02.2017.

Eu Sou Ar, Mar, Floresta, Cachoeira…

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Eu sou o ar, o mar,

A floresta, a cachoeira, o rio

Rio que corre

Corre, transforma e segue

Segue errando, contornando, encarando, vivenciando,

Acertando, aprendendo, curtindo

Curtindo a chuva, o sol e a lua

Lua que canta, me encanta, enfeitiça

Enfeitiço? Ousadia!

Celebração? Todo dia!

Tenho tambor

Sou pantera, gavião e colibri

Às vezes 8, às vezes 80. Quero e dou equilíbrio.

Faz parte de uma vida equilibrada,

Perder o equilíbrio vez ou outra.

Simplesmente eu. Eu Sou. Ser. Sede!

Aaahhh… De vida!

GratidOOOOOOOOMMMMMM _/\_

 

MF, 24.01.2017

 

 

 

Ter asas traz frio gostoso na barriga!

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Meu corpo tem asas, meus pensamentos tem asas, meus sentimentos tem asas. Se sempre as tive? Nasci com elas!!! Eu, você, todo mundo!

Por motivos diversos e, muitas vezes, inconscientes, as troquei por armaduras. Isso, várias armaduras. Quem nunca? Foi difícil reconhece-las. Quem nunca?

Foi difícil tira-las, dolorido, porém lindo! O Universo é sábio, é generoso, sabe dar o que é de cada um, para cada um, no momento certo. Há uma magia à nossa disposição para isso. O nome? Amor.

              “… Incentivado pelo progresso, o cavaleiro fez algo que nunca havia feito antes.   Sentou-se           tranquilo e ouviu o silêncio. Ocorreu-lhe que, na maior parte da sua vida, nunca tinha realmente ouvido alguém ou alguma coisa. O sussurro do vento, o tamborilar da chuva e o som da água nos córregos com certeza sempre estiveram presentes, mas ele nunca os ouvira de verdade.

… Ele sorriu através das lágrimas, sem perceber que uma nova e radiante luz emanava dele – uma luz muito mais brilhante e bonita do que sua armadura com o melhor dos polimentos: borbulhante como um riacho, brilhante como a lua, deslumbrante como o sol. Pois, de fato, o cavaleiro era o riacho. Ela era a lua. Ele era o sol. Ele podia ser todas essas coisas de uma vez agora, e muito mais, por que ele era um com o Universo. Ele era amor.”*

Quando nos conscientizamos de que, ao ter asas, ficamos uno com o Divino, reativamos a coragem que sempre fez parte do nosso Ser.  Reativamos a coragem de ser sensível, eliminamos crenças que já não cabem em nossas vidas. E a sensibilidade? Esse jeito de ouvir além dos olhos, de ver além dos ouvidos, de sentir o sentimento alheio tão claro em nosso próprio coração. Sentir até doer ou até fazer cócegas na alma. E sorrir ou chorar junto com toda a sinceridade. Essa intensidade de ser. Eu Sou. Esse movimento de transformar o mundo (a começar por si mesmo) através do amor.

O aprendizado que vem com a consciência, que vem com o viver, com a entrega para a vida. Inocência é coisa pra andar bem juntinho da sabedoria, mas deve sempre estar presente na vida. Uma pitadinha de medo, apenas o suficiente para valorizar cada passo, cada conquista. Um desejo de um mundo que possa acordar sorrindo pra toda gente. Pra todo ser. Pra toda vida. Troquei as armaduras por asas. Antes,  uma guerreira lutadora. Agora, uma guerreira do amor.

Fazer uso de nossas asas requer sensibilidade, requer coragem, requer consciência, limpeza e amor. Traz leveza, traz sorrisos, traz frio gostoso na barriga. Ahhh, e como traz!

MF, 18.01.2017

* O Cavaleiro Preso na Armadura, Robert Fisher.

Crédito foto: Katia Velo

Tempo, Felicidade, Consciência!

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Fiquei olhando para o registro das nossas peraltices e pensei sobre qual seria a legenda da foto. Resolvi escrever mais do que uma legenda…

Poderia contar que tenho um irmão gatinho, que ele também é marrento, questionador, ciumento… Gabriel e eu temos 23 anos de vida de diferença e decidi escrever sobre o “tempo”.

23 anos é muito tempo? 2 dias é pouco tempo? Depende! “Tempo é uma unidade relativa das coisas que cria no ser humano a ideia de presente, passado e futuro.” Mas se o ontem já passou e o amanhã ainda não chegou, qual deve ser o nosso foco? Resposta: hoje, aqui e agora! Se liguem nessa parada! Aqui e agora é um presente, viva-o com toda a abundância, com toda a entrega possível!

Muitos de nós condicionamos a felicidade ao atingimento de algo no futuro. Como coach, conduzo processos de desenvolvimento com metas e prazos. Mas e daí, Magda, como focar no presente se tenho algo a atingir lá na frente e minha mente me leva até lá? Aí é que está o pulo do gato!! O TEMPO é uma unidade relativa, e a FELICIDADE é um estado de espírito que precisa ser vivenciado no aqui e agora, nem no passado e nem no futuro. Como fazer?

Sabe aqueles bênçãos/alegrias diárias que muitas vezes passam despercebidas? Valorize-as, perceba-as, sinta-as. Tomar água, sentir o sol, sentir a chuva, o cheiro de uma flor, do orvalho, a brisa no rosto, o olhar de uma criança, dar um abraço, receber um abraço…

Por motivos diversos, inclusive o de sentir o sol na pele, tenho procurado ir trabalhar a pé em alguns dias da semana. Considero importante me dar essa oportunidade: a de contemplar a vida (em todas as suas formas) todos os dias dessa existência. Observo as pessoas, a natureza, conheço novos lugares. Como tem acontecido no início desse ano aqui em Curitiba, o sol aparece no meio da manhã e fica até o meio da tarde quando cai a chuva. Esses dias a chuva e eu nos encontramos, e eu me entreguei! Lembrei do meu irmão, quando ainda era um “toco” de gente e descobriu a língua e que podia tomar a água da chuva. Fiz o mesmo! Sente a cena: eu, adulta “responsável”, mochila nas costas, braços abertos, cabeça pra trás, boca aberta brincando de acertar e beber a maior quantidade de pingos de chuva possível. Ao mesmo tempo sentia cócegas nos pés por estar com os calçados encharcados. Cheguei em casa fisicamente cansada, mas minha alma estava saltitante tamanha era a minha felicidade. Somado a isso, ao chegar em casa, recebi uma musiquinha que dizia “dançar na chuva quando a chuva vem… quando chover deixar molhar…”. Lindo presente do Universo, né?

Há meses quero mudar para uma casa, ela já existe em minha mente, mas ainda não foi possível. Imaginem se eu condicionasse a minha felicidade à mudança para uma casa? Sei que acontecerá no momento certo e isso também me faz feliz.

Não esperei o Gabriel juntar-se à minha vida para ser feliz. Sua chegada tornou a minha vida MAIS feliz. Ter consciência do que sentimos no aqui e agora, e desapegar da matéria é uma filosofia de vida que sigo e convido você a fazer o mesmo. Hoje! Já! Eu chamo de filosofia de vida, mas você pode dar o nome que quiser. Acaba refletindo em meu comportamento, em como eu enxergo e atuo na vida e, consequentemente, contribuindo para a minha vitalidade e felicidade. Estou certa que vivendo assim, eu crio um mundo melhor. Vamos juntos!

Com amor e gratidão,

MF, 08.01.2017.

Voe! Acredite em você!

Nascemos, crescemos e voamos…

Não? Não voamos? É verdade, nem sempre… 

Nos engaiolamos toda vez que desprezamos nossa intuição, sempre que ignoramos nosso coração, quando duvidamos do nosso potencial ou desrespeitamos nossos valores. Quando permitimos que nos julguem ou julgamos. Consciente ou inconscientemente, por medo, comodismo ou desconhecimento. Seja nas relações pessoais, profissionais ou afetivas.

Eu te convido a voar, a sentir a brisa, a despentear os cabelos, a saborear a liberdade de ser quem você é. 

Nesse voo, a jornada pode ser tão interessante quanto o destino. Mas, sem um destino, um propósito, não existe jornada, apenas perambulamos. 

Voe. Sempre teremos a oportunidade de retornar ao ninho, beber da fonte, recarregar nossas forças e lembrar o quanto somos especiais. Acredite. Acredite em você! Voe!
MF, 26.12.16 em São Francisco do Sul, SC, Brasil (também conhecido como “meu ninho”).

Discernimento para o merecimento!

Cara de balanço 2016… 😉

Investiu na bolsa? Não, em desenvolvimento. 

Guardou dinheiro? Apenas sorrisos e beijos. 

Fez algo que nunca tinha feito? Sim. 

Ficou c gosto de quero mais? Sim.

Conheceu gente nova? Sim. De todos os jeitos, raças, credos.

Errou? Sim.

Acertou? Sim. 

Perdoou? Sim.

Aprendeu? Espero que sim.

Ensinou? Torço para que sim.

Cometeu gafes? Hmm, sim.

Caiu, escorregou, ralou? Hmm, sim tbem.

Escreveu? Sim.

Publicou? Nem tudo. Não passaria pela censura do WordPress.

Aumentou o grau do óculos? Não. Continuo teimosa p algumas coisas.

Amou? Muito.

Amigos e amores em meu coração, sempre! 

Resumo: Definitivamente, um ano novo. E que Deus permita que seja sempre assim. E que eu tenha discernimento para aceitar nada menor do que isso!

Gratidão 2016! Vem 2017! 🙏🏻

Namaste! Ahow! Assim é! Amém!

MF, 15.12.2016

Eu achei que… Eu pensei que… Quem nunca?


Eu achei que se é permitido fazer top less, eu poderia entrar no Monasterio de saida de Praia (comportada). Eu pensei que contando que vim de longe, eu poderia causar algum sentimento que facilitasse minha entrada…
Quantas vezes concluimos equivocadamente baseados em nossas experiencias, educação, crenças (limitantes ou não) e demais achismos? 
Menti quando disse que vim com o pote vazio, trouxe todos os meus achismos… Dissabores e conflitos, grandes ou pequenos, organizacionais ou não, alimentam-se destes. 

Quantas vezes deixamos de comunicar acreditando que a Informação é obvia? Quantas vezes esperamos dos outros as mesmas atitudes que teriamos? Ego, ansiedade, ignorancia… A empatia requer desapegos.

Voltei ao Monasterio e, embora com nova vestimenta, achei que seria reconhecida. Mas quem disse que o meu umbigo é o centro do Mundo?
Continuo deixando fluir e esvaziando os potes. Confesso que é dificil, mas escolhi viver mais leve.
Ps. Eh um Lugar incrivel e fotos sao proibidas apos entrar. 
MF, 18.09.2016, Grecia

O que você é?


Yess … from Brazil!

O que vc é? Meio doida.

O que vc tem? Um cachorro, Chico. O viralata mais mais da galáxia.

No que vc acredita? Na espiritualidade.

Vicios? Vinho tinto, ovo frito e pipoca.

Paixão? Mar.

Receita para o mundo? Amor. 

Conselho? Empatia.

Defeito? Dizem que sou Pollyana.

Truque? Base bastão da Adcos na bolsa.

Qualidade? Faço acontecer.

Importante? Confiança e coragem.

Amor? Família.

Blog? Sim. Magda Freitas, o Amor e Um Mundo Melhor.

Missão: Ajudar as pessoas a fazerem suas travessias, a atingirem seus objetivos.

Desejo: Viver e viver e viver, e não ter a vergonha de ser feliz.
MF, 21.09.2016, Ilha de Creta, Grecia.

Tudo flui!!!


As primeiras 72h sozinha Na Europa foram difíceis de um jeito que eu não esperava… Passado o mal estar físico da viagem, veio uma sensação estranha por estar longe. Confesso, essa sensação tinha dois nomes: saudade e medo.
Entendi que eh fácil falar que somos phoda, que damos conta, que estamos prontos, quando estamos em nossa zona de conforto. Fácil falar para pensar fora da caixinha estando dentro dela. Sempre temos uma resposta obvia, uma solução maravilhosa, uma ideia inovadora para o problema dos outros, não estando na pele dos outros.
Fiquei pensando nas organizações, nos seus valores bonitos enquadrados nas paredes e na inconsistência desses com as ações. Não obstante, o mesmo pode acontecer conosco. Reli meu ultimo texto e uma frase me fez sentir desconfortável: “to aqui, Universo”. Na real, não estava (pronta), não.
Bom, a saudade tende a aumentar e terei que viver com ela. Mas, e o medo? Sei de 3 reações que ele pode causar: paralisar, fazer fugir, fazer agredir. Fui fuçar em minha bagagem e encontrei a fé. E a fé não apenas move montanhas, como vem acompanhada de serenidade, discernimento e paz. E trouxe minha sensibilidade de volta. Usei-a a favor da comunicação.

Fiquei sensível à linguagem corporal, ao olhar, às mãos, ao sorriso das pessoas que também estavam tentando se comunicar comigo. Percebi que a dificuldade, bem como a intenção de ajudar, era reciproca.
Respirei fundo, relaxei, rezei. Entreguei-me à energia do lugar e à sabedoria dos gregos.
Reconhecer que não estamos prontos (e possivelmente nunca estaremos) é sábio e fortalecedor.

E, como disse Hipócrates: Panta rei. Tudo flui.
MF, 17.09.2016, Grécia.

De frente com minhas fraquezas e fortalezas!


Não é a primeira vez que escrevo sobre autoconhecimento e vocês ainda ouvirão eu discorrer sobre esse tema, inúmeras vezes.

Defendo que é um dos principais caminhos para gestão, comunicação, empatia, clima organizacional e relacionamentos interpessoais de um modo geral, seja no âmbito pessoal ou profissional.

Sigo em viagem hoje, a primeira internacional sozinha. Trata-se de um processo de autoconhecimento. Vou estar em países que nunca visitei, com idiomas que conheço quase nada e com pessoas que nunca vi na vida. Vou estar de cara com o novo, distante dos meus e em cenários desconhecidos. Quero sentir na pele as minhas fraquezas e extrair da alma as minhas fortalezas.

Levo na bagagem, os tesouros que posso: minha fé, meu coração e meu sorriso. Nada mais. O pote vai vazio. Quero conhecer o máximo, aprender muito e quando puder, ensinar. O que ? Sei lá, de tudo um pouco, quase tudo, mais que tudo, tipo assim: To aqui, Universo!
E, como eu tenho parceria forte com o cara lá de cima, sei que conhecerei lugares lindos e pessoas certas. 
Esse caderninho da foto, eu o ganhei da minha irmã de vidas Mara Cunha e será preenchido com as minhas vivências lá fora. Quero lê-lo aos 90 anos e dar muitas risadas. Obrigada querida Mara, chegou o momento certo para usá-lo.

Gratidao àqueles que me inseriram no caminho do autoconhecimento. Ajudaram-me e ajudam-me a conhecer um pouco mais sobre a vida, sobre mim  e a olhar o outro com mais generosidade. Sou uma aprendiz dedicada e feliz.
Gratidão àqueles que agora confiam em mim em ajuda-los nesse processo.
Gratidão a um mundão de gente que, com suas atitudes e posicionamento, seguem confiantes em sua missão de vida, seja ela qual for,  enfrentando os momentos difíceis e voltando ao prumo ainda mais fortalecidos.

Vamos  juntos?

 Beijo em todos. 

 
Now boarding!
MF, 12.09.2016

Meu Coração é Verde e Amarelo!

É verdade, temos corrupção, uma presidente em processo de impeachment, uma política tributária vergonhosa. Fomos eliminados pela Alemanha por 7 gols na última Copa do Mundo. Temos a Odebrecht, a operação Lava Jato e a Petrobrás arruinada. Legislativo, Executivo e Judiciário confusos. Política previdenciária injusta também faz parte da nossa história. Ainda!

Mas também temos a Rafaela Silva, a Marta, a Jade, o Guga Kuerten, o Bernardinho e o Zagalo.
Santos Dumont, Chico Anysio, Oscar Niemeyer, Zilda Arns, Tom Jobim, Dona Ruth Cardoso e Ayrton Senna também nasceram aqui.
Caetano Veloso, Marisa Monte, Fernanda Montenegro, Gisele Bündchen, Marta Rocha, Marcos Pontes, Popó e Paulo Coelho são brasileiros.
Drummond, Jorge Amado, Guimarães Rosa, Monteiro Lobato, Graciliano Ramos, Nelson Rodrigues, Cora Coralina, Clarice Lispector.
Lygia Fagundes Telles, Lya Luft, Veríssimo e Pedro Bial. Temos o Rei Roberto Carlos e o Rei Pelé. Sergio Moro também, amém!

Temos a Ana, a Sueli, a Tatiana, Kátia, Beatriz, Irene, Jak, Anna, Zankara, Mara, Marisa, Monica, Drika, Elaine, Elvi, Aline, Carol, Renata,  Fran, Raquel, Doro, Sônia, Cacau, Luzia, Bere, Inês, Cristiane… o Marcelo, o Newton, o Marcão, Fernando, Vande, Serra, João, Daniel, Luiz, Nelson, Paulo Cesar, Sócrates,  Girish … Amigos brasileiros anônimos que fazem a diferença no contexto em que vivem. Tenho certeza que nesse Brasilzão, há muitos outros.

Aha uhu o Maraca é nosso. A Ponte Hercílio Luz, as Cataratas do Iguaçu, o Cristo Redentor, a Serra do Rio do Rastro, o Teatro Amazonas. Fernando de Noronha e a garota de Ipanema também são brasileiros. Temos vinícolas, vieiras, jazidas e tecnologia.

Temos churrasco, chimarrão, acarajé, café, feijoada, pastel, pão de queijo, moqueca e pirão. Temos samba, gingado e poesia.

Tenho amigas cientistas, amigas pintoras, amigas escritoras, amigas terapeutas e amigas executivas, todas com muito empenho e conquistas em suas profissões. Amigos coaches, treinadores e professores que transformam e inspiram brasileiros e pessoas do mundo. Outros amigos e conhecidos são destaque em sua profissão, alguns com trabalhos voluntários na saúde, na política, na religião, na proteção aos animais, dignos de medalha de ouro cravejada de diamantes. Amigas mães, amigos pais que se esmeram em criar pessoas que vestem a camisa e honrarão a nossa Pátria, que serão zelosos pela dignidade e respeito.

Somos 26 Estados, 1 Distrito Federal e muitos municípios, agrupados em 5 Regiões. A extensão do nosso país é de 8,5 milhões de quilômetros quadrados e quase 205 milhões de habitantes. Somos o maior país da América Latina.

Encerramos hoje as Olimpíadas com brilhante resultado dos atletas, do comitê olímpico e de cada brasileiro. Temos exceções. Elas existem aqui e no mundo inteiro. Quero que sintamos orgulho do nosso país todos os dias, não somente após medalhas olimpicas, não somente após um evento brilhante e o reconhecimento mundial.

O Papa é argentino, mas Deus é brasileiro. E meu coração é verde e amarelo, com muito orgulho. Meu Brasil Brasileiro! Faço a minha parte. E convoco você a fazer a sua. Contagie-se! ❤
MF, 21/08/2016.

Sonhos são realizados todos os dias!

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Eu tinha um sonho. Eu tenho um sonho.

Eu tinha vários sonhos. Eu tenho vários sonhos.

Durante anos acreditei que sonhos eram difíceis de realizar, eram praticamente inalcançáveis. Assim como os milagres… Em função disso, sonhos e milagres, por um período (felizmente curto), passaram a não me transmitir prazer algum de tão difíceis que eram.

Felizmente a vida me presenteou com uma sabia amiga que costumava dizer: “milagres acontecem todos os dias, sonhos são realizados todos os dias, repare…” Foi então, que mudei meu conceito de sonho e milagre. Passei a valorizar as pequenas coisas,  singelas atitudes, fatos cotidianos…  Beirando a ingenuidade, um novo jeito de ver a vida. O meu jeito e que me faz muito bem. Passei a ver os milagres e realizar meus sonhos. A vida passou a ter mais cores e prazer.
Eu sempre quis ter uma boneca de pano, daquelas fofuchas, com cabelos para pentear… Dei-me uma! To feliz da minha vida! Realizei um sonho!

MF, 16.08.2016

Configurações da Vida

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Tinha tudo para ser uma segunda-feira “boring”… frio, chuva, céu cinza… Maaaaaas, cadê o meu controle onde eu posso ter controle?

Escolhi sentir o frio, a brisa gelada, o frescor da chuva… Também escolhi sentir o calor dos abraços, do fogo, a suavidade de uma planta… Escolhi ainda celebrar as escolhas, as oportunidades, a saúde, a evolução, as conquistas, os amigos, a vida!

Acredito que precisamos conhecer o frio para apreciar o calor, que precisamos conhecer a tristeza para valorizar a alegria, sentir a raiva para entender o perdão… Mas com equilíbrio!!! Vejo amigos extremistas, alguns escolhem viver numa adolescência eterna. Há suas vantagens essa escolha. Muitas ciladas também.

Penso que também podemos e devemos escolher no que mergulhar de cabeça. Explico: desnecessário chegar ao fundo do poço para então não ter outra alternativa senão subir, desnecessário morrer de amor por alguém para descobrir que o amor próprio é o mais importante, desnecessário sofrer para entender que tudo na vida é um presente. Se é fácil? Não, não é. Mas podemos nos “configurar” e, assim, ter mais controle sobre o que permitimos nos afetar e o que não permitimos. É um mix de racionalidade com sensibilidade. Uma questão de hábito também. Costumo dizer que é como deixar o sistema configurado no modo “agir” ao invés de “reagir”.

Esse sistema chama-se coração. Corajosos os que se permitem deixa-lo configurado no modo ação. Felizes os que o configuram no modo gratidão.

Escolhi ter uma segunda-feira divina, um aniversário feliz. E assim foi. Obrigada meus amigos, obrigada mesmo. Vocês ajudam e muito em minhas configurações.

Um beijo cheio de carinho em cada um, meu amor e gratidão a todos.

 

Magda Freitas, terça, 21.06.2016, em constante evolução e reformas, livre e programada para configurações diárias! ; )

Um Café, Chuva, Sol, Pessoas, Vida… Gratidão!

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Era uma segunda-feira, pouco antes das 15h30, horário combinado com um amigo para um bate papo num simpático café da cidade. Coincidentemente, ele também chegou antes. Ironicamente, conseguimos nos desencontrar já dentro do café…

Enquanto o esperava, considerando que algum motivo o fizera atrasar, fiquei contemplando a paisagem urbana do outono curitibano. Em 15 minutos, fez sol, o céu acinzentou, choveu, voltou a fazer sol. Comecei a fazer os cálculos do mês. De repente, uma voz interna: Magda, você não lida mais com orçamento corporativo, desapega! Ainda seguindo um raciocínio inconsciente, lembrei dos esforços (energia e grana) que estão sendo investidos em um novo caminho profissional e considerei oportuno voltar a contemplar a paisagem e observar as pessoas – minha razão de estudo e foco de trabalho há alguns meses.

Algumas corriam da chuva, outras se divertiam, outras pareciam estar indiferentes. Indiferentes ao clima, ao horário, a estação do ano, enfim, provavelmente estavam preocupadas com a sua lista de atividades diárias. Se existe amanhã, se existe guerra civil, vacina gratuita ou inúmeros tons de verde na natureza, parecia não fazer diferença para elas. Reparei também em alguns pássaros e animais de estimação que compunham o cenário. Fiquei me imaginando contar sobre minha “contemplação vespertina” de segunda-feira à minha mãe. Embora seja uma mãe excepcional, voluntária incansável e considerada antenada para a sua geração, possivelmente questionaria se eu estava de folga, adoentada ou se tinha acertado na loto; fui criada para trabalhar duro, mais veloz que o compasso do coração, do raiar ao pôr do sol.  Levaria algumas horas explicando que estou estudando o comportamento das pessoas, o que as motiva, o que as faz acreditar no amanhã, o que as faz somar sua vida à de outra pessoa (algumas ainda dividem), como querem ser reconhecidas, sua missão de vida, o pensam sobre felicidade, qual o significado de paz, o que faz sentido em suas vidas, o que as diferencia, se acreditam no amor como fonte para um mundo melhor e, sendo coach, como posso ajuda-las.

Retornei ao café…, o bate papo, as novidades, as realizações, os cursos, os aprendizados, os sorrisos, as parcerias. Lembrei do desencontro que antecedeu ao encontro…  Se com as melhores das intenções, conseguimos errar e desencontrar, imagina se permitirmos ser absorvidos pela rotina desenfreada, deixando nossa vida seguir no piloto automático?

Uma gratidão imensa por escolher contemplar a vida, por me permitir viver e não apenas sobreviver, pelos desencontros e reencontros, pelas quedas e voos livres, por poder ver as diferentes cores do céu, por sentir a chuva e também o calor do sol. Pelas pessoas que cruzam o meu caminhar e, de alguma forma, me ensinam algo. Não existe alegria, sem passar pela tristeza, mas essa tristeza pode ser menos cinza se estivermos conectados com o nosso Eu Interior e presentes no aqui e agora, ainda que a vida nos presenteie de forma diferente do que esperamos.

MF, 07/06/2016.

Pelo plantio sábio e colheita abundante, sim!

Cheguei em Curitiba empolgada c tudo o que vivi, conheci, senti e aprendi no decorrer dessa semana em Sampa… A sincronicidade da minha vida pessoal c o que estamos vivendo em nosso país é surreal… Aho!

Entretanto, esse vídeo não eh p falar das “coincidências” da minha vida, mas sim da responsabilidade do despertar.  Precisamos aceitar e respeitar a dualidade, a nossa e a dos outros… digo, luz e sombra, dia e noite, Yin e Yang e aprender a viver c isso de forma a criar uma Unidade, que transcende as deficiências e os desejos individuais e acredita que o mundo fará mais sentido quando houver o bem estar do coletivo.

Meu despertar eh nesse sentido, tanto p as pessoas como para as organizações. Esse é o resultado esperado do meu trabalho: ambientes saudáveis financeiramente e emocionalmente.
Minha prece é por um Brasil também assim e  que consiga viver c dignidade sem precisar encarar o processo que acompanhamos hoje.

Como disse um querido e sábio amigo: “Mesmo quando as aparências nos mostram algo que nos desagrada, quando a visão limitada do ego enxerga algo a contragosto. Pra quem sabe o que está plantando e tem consciência do que vai colher depois, as aparências não importam. É assim que me sinto na vida e no mundo: plantando sementes que se tornarão árvores maravilhosas” (Marcelo Dalla).

Por um amanhã melhor, com muita consciência,  plantio sábio e colheita abundante , eu voto sim!

Minha versão mineira e compacta de Comer, Rezar e Amar!

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Julia Roberts passou meses na Itália, Índia e Bali. Diane Lane decidiu morar na Toscana. Eu passei alguns dias em Minas Gerais, em Delfim Moreira mais precisamente.

Havia comentado que precisava dar um reset, reconectar-se e assim o fiz. A experiência em DM foi única, transcendeu minhas expectativas. Conheci e reconheci pessoas, visitei cachoeiras belíssimas, meditei e comi naturalmente muito bem. Considero válidos esses períodos de descanso. São necessários para sairmos do automático, para que deixemos de lado hábitos e pensamentos rotineiros. São fundamentais para darmos espaço ao novo. Nova cultura, novas perspectivas… descobertas. Uma condicional: querer, permitir o novo entrar. Um desafio: manter esse espaço para o novo sempre aberto. Cilada: crenças limitantes.

Rezei na cachoeira, rezei à beira da fogueira. Conversei com pedras, com árvores e com borboletas. Muitos papos com o meu Anjo da Guarda. Daria para fazer isso em Curitiba ou em qualquer outro lugar? Certamente daria. Vencida a dúvida de ser julgada de maluca ou sem noção, certamente daria. Tenho que admitir que o ambiente favorece e ajuda a manter a vibe.

Curitiba e seus lindos parques, belas praças, suas árvores abraçadinhas em bairros comerciais, capital ecológica, por que me policiei para essas atitudes por aqui? Resposta: crenças limitantes. A crença de que é preciso sair do ambiente que vivemos para reconectar-se. Sair favorece, mas não deve ser condicionante para a conexão.

Aí vem outro desafio: manter esse espaço para o novo sempre aberto onde quer que estejamos. E foi esse o meu maior aprendizado em Delfim Moreira: a conexão está em mim, ou seja, posso estar em um lugar paradisíaco ou não, estar conectada às minhas crenças, valores e meu Eu Superior acontece em qualquer lugar, em qualquer dimensão. Descobrir coisas novas em velhos ambientes, é possível. Basta estar sintonizada em querer que assim seja, independente do ambiente, das companhias e de tudo o mais que nos cerca.

Tenho lido com frequência as citações de Osho e uma delas encaixa-se muito bem com a minha descoberta: “A questão não é ir para o céu, mas aprender a arte de estar no céu onde quer que você esteja”.

 MF, 20/03/2016 saudando o novo Ano Solar.

 

 

 

 

 

Ame-se. Esse é o alicerce.

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Às vezes parece ser mais fácil dizer ‘eu te amo’ do que ‘eu me amo’. Porque dizer ‘eu te amo’ requer apenas que olhemos os outros. E é tão mais fácil enxergar o umbigo do outro… Amar-se pressupõe aceitar-se. Aceitar-se com as qualidades, defeitos, manias, desejos. Amar-se requer olhar pra dentro, encarar nossos medos, reconhecer nossas limitações, lidar também com o nosso lado sombrio. É um papo reto com a gente mesmo. Dá aflição pensar num papo assim. Dá preguiça. É como tirar o pó debaixo do tapete. Pra que? Ninguém vê ele lá. Mas sente, sabe que ele está lá. Ignorá-lo dificultará a limpeza mais tarde. Amar-se requer descobrir-se.  Descobrir-se requer sair da zona de conforto. Requer respeitar-se. Perdoar-se. Talvez reinventar-se.  E porque, não?

Li no blog* de um querido amigo: “O que podemos descobrir sobre nós mesmos e nossa verdade?“ Qual o nosso propósito. Creio que não há receita nem fórmula mágica para essa descoberta pessoal. Mas há meios. Estou descobrindo os meus… É como tirar o esparadrapo da ferida, alguns preferem segurar a respiração e arrancar num único impulso, outros preferem ir aos poucos, cuidando para não tirar mais do que o necessário.  Penso que o exercício de amar-se começa aí, conhecendo seus limites, respeitando seu tempo e reconhecendo a melhor trilha para essa descoberta.

Tenho percorrido esse caminho e confesso que lido melhor se tirar o esparadrapo aos poucos. O Universo vai ajudando, é só a gente saber o que quer. Só! Volto com a palavra “propósito”… Penso que a companhia dos amigos (não vale aqueles do tapinha nas costas) que conhecem a nossa história e estão dispostos a colaborar com os próximos capítulos, a meditação, aquele papinho com Deus, a visita a lugares que nos remetem à paz… Tudo isso nos fortalece, tudo isso ajuda a aliviar possíveis desconfortos da retirada do esparadrapo. É um caminhar que tem pedras, flores, dores, amores e muita colaboração. Só consigo ver o mundo com cooperativismo.  

Estou encontrando vários potes de ouro no decorrer desse caminho. O sorriso puro de uma criança, a saúde da família, novos projetos que fazem a diferença na vida das pessoas, sentir a brisa do mar, o café com um amigo, o cafuné do bichinho de estimação, um texto que desperta algo em quem eu nem conheço pessoalmente, que desperta algo em mim. Tem muito ouro! É preciso sensibilidade para essas descobertas, é preciso coragem para encara-las. Um mundo melhor precisa de amor. Comecemos por nós mesmos. Ame-se. Esse é o alicerce. Já dizia um conhecido nosso.

“Ame-se. Esse deveria ser o mandamento fundamental. Ame-se. Tudo o mais se seguirá, mas esse é o alicerce.” Osho

* http://www.marcelodalla.com/

 

MF, 07/03/2015.

 

 

 

 

Reconhecer-se causa sorrisos!

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Esses dias eu senti o chão mexer… a tela do notebook “correu” aos meus olhos… Achei que era o excesso de leitura e a falta dos óculos… Fui busca-los e não consegui chegar até eles…

Contrariando os modelos tradicionais e os quais eu sempre segui, resolvi fazer diferente. Ao invés de agendar para o mais breve possível uma consulta, fui buscar dentro de mim possíveis respostas para tal mal-estar.

Longe de mim ser rebelde, mas me dar esse tempo faz parte de algo que eu venho buscando há anos. Não fazia sentido eu negligenciar o tempo que lutei para conseguir e para poder olhar pra mim com o merecido cuidado. Não fazia sentido eu desprezar a oportunidade de ampliar o autoconhecimento e, quem sabe, exercitar a auto cura. Porque eu acredito que parte dela (uma grande parte) – da cura –  está dentro da gente.

Semelhante ao feito durante a anamnese, fui analisando os acontecimentos dos últimos meses. Tudo mudou! A resposta estava óbvia: mudar mexe com o chão da gente. Mexe com a nossa segurança, coloca em teste se damos conta de colocar em prática aquilo que lá no fundo o coração da gente um dia quis e desejou, e o que mentalizamos e o Universo se encarregou de materializar. Muitos questionamentos compuseram a minha anamnese: aquela segurança da minha fase “anterior” era segura mesmo? Eu estava me sabotando? Eu era valorizada? Eu me valorizava? Eu aprendia mais ou ensinava mais? Ou nenhum dos dois? Era cômodo? Eu podia voar? E a questão mais intrigante: Eu era feliz?

Injusto dizer que eu era infeliz. Injusto dizer que eu não aprendia. Justo dizer que eu estava desconfortável. Porque no fundo eu desejava fazer diferente e sentia uma certa culpa por querer mudar tendo a consciência de que muita gente gostaria de ocupar o meu lugar. Muita gente desconhecia o preço…. Enfim, eu pagava o preço e, de certa forma, paga-lo fazia eu me sentir competente e poderosa. Danado de ego! Aos poucos fui tendo mais respostas e dar o devido tempo para refletir sobre elas, tem me ajudado a pisar com mais segurança mesmo que o chão seja incerto. Sigo firme em solo instável, porém fértil. Há espaço para todos.

Reconhecer que tenho limitações, reconhecer que necessitar de ajuda faz parte do jogo, assim como oferecer ajuda, relembrar que as respostas e a cura estão dentro de mim, deixar pra trás tudo e todos que são fake e reforçar minhas qualificações são passos importantes nesse caminhar. Ter as rédeas da minha vida em minhas mãos é sensacional, estar na direção da vida é demais! Dá frio na barriga, dá trabalho, dá preguiça, dá tontura. Também dá vontade de sorrir mais. Causa prazer. Aumenta a felicidade. Vale à pena. Vale mesmo!

MF, 28/02/2016.

 

Meu Reset em Delfim Moreira, MG.

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Eu queria desligar, dar um reset, ficar off um tempo. Sair do mundo para entrar em mim. Queria ver gente, mas não muita. Queria bichos, mas não muitos. Queria mar, cachoeira, sol para fritar os miolos. Um amigo aconselhou ir para Boipeba. Achei que era forma de se expressar, mas quando o vi explicando onde ficava, percebi que estava sendo ingênua em duvidar da existência de Boipeba. “Você precisa ir até Morro de São Paulo, pode ir via lhéus, pegar um barquinho e então, chegará à Boipeba”. Passado o momento de riso, achei mais poético explicar como chegar a São Francisco do Sul e isso me fez decidir ir para outro lugar que não fosse a inusitada cidade.

Onde fica São Chico? Bem, olhando o mapa de SC, você verá duas ilhas, uma maior ao Sul, que é Florianópolis; outra menor, ao Norte, que é São Chico, ilha onde nasceu Sonia Freitas, minha mãe, e onde passei uma feliz infância e adolescência.

Esse mesmo amigo, indicou uma agência de turismo. Liguei para a consultora, muito atenciosa, simpática e parecia entender o meu desejo. Repetia feito atendente do Mc Donalds: Você quer um lugar tranquilo, sem ser isolado, quer se encontrar, blablabla. Isso, isso, respondi confiante. A cada proposta enviada eu refletia sobre onde eu estava falhando na tentativa de expressar o destino que eu desejava, mas que ainda não tinha um nome. Ela me trouxe como opções o Nordeste, Foz do Iguaçu, Galápagos. “Moça, talvez eu tenha esquecido de falar, não quero ir para o Nordeste agora, não quero repentista cantando na minha cabeça e, enquanto houver mar e praia que ainda eu não conheça, por favor não indique como opções, lugares frios e nem Boipeba! ”. A postura atenciosa recuou um pouco: você conhece muitos lugares, estamos em alta temporada e o valor que você está disposta a investir não tem muitas opções, disse ela. Eu sentenciei: esse é o seu desafio!

Difícil aceitar que algumas pessoas não curtem um desafio ou menos ainda que perdem uma negociação ainda que o país esteja em crise. Porque o meu teto financeiro era humilde, mas não desprezível. A moça sumiu. Nem para mandar um whats se justificando. Dei de ombros. Estou assim…

Sosseguei e esperei o Universo agir. Porque ele age, nós sabemos. Bastar querer com o coração, com a alma. Estava em férias e me dei o direito de ler apenas os e-mails lights. Fui buscar se tinha algo no spam que não deveria estar lá (deve fazer anos que não faço isso) e… bingo!!!! Um deles falava sobre um lugar especial na Serra Mantiqueira, no sul de Minas Gerais.

O e-mail dizia: “Um lugar que encanta com suas paisagens, cachoeiras de águas límpidas, ar puro das montanhas, grande energia e boas vibrações. O local pertenceu aos monges beneditinos entre as décadas de 50 e 90. Foi adquirido por um casal antenado, que manteve as características arquitetônicas e ecológicas do local e o disponibiliza para grupos”. O nome da cidade? Delfim Moreira. Não pensei duas vezes.

Pois bem: DM (já estou intima do lugar), abre os braços, to indo te conhecer, lindeza! Minha primeira passagem por Minas Gerais…

Não importa a sua opção de carnaval. Sejamos felizes com nossas escolhas!

MF, 04/02/2016

 

 

 

6 Meses de Adoção, 6 Meses Desenvolvendo o Sentir

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Era um domingo de julho, atípico, ensolarado como hoje, há seis meses… Meu destino cruzou com um cãozinho vira-lata, tímido, medroso, ressabiado e olhar expressivo.

Eu, que tinha hora para sair de casa e sem hora para voltar, num gesto de impulsividade e paixão à primeira vista, o adotei. Batizei-o de Chico, nome do Papa e do Santo que gosto muito.

As primeiras semanas foram difíceis, Chico chorava o tempo todo, latia do nada e tremia a cada carinho. Eu ia trabalhar a base de energético e passei a utilizar com mais frequência a minha caneca de café durante o dia. Minha hora de almoço passou a ser dele, era o tempo que eu estava mais desperta e conseguia insistir numa aproximação, ensinar o uso do tapetinho higiênico, levar para passear, dar de comer. Nem sempre eu conseguia almoçar, mas sentir que estávamos evoluindo na relação, me satisfazia.

Já passamos meio inverno, uma primavera e meio verão juntos. Chico já ultrapassou diversas fases: A de comer havaianas, comer o rolo do papel higiênico quase inteiro, comer apenas biscoitinho e nada de ração, cheirar minhas meias. Agora ele está na fase de se achar cão de guarda do bairro, farejador do FBI e meu defensor absoluto. Se quiser se aproximar de mim, é melhor trazer alguns biscoitinhos ou vai ter um cãozinho latindo na sua orelha por vários (que parecerão intermináveis) minutos. Além disso, ele vai cheirar você inteirinho até dar autorização para você dar um passo a frente.

Diferente dos humanos, a única forma de comunicação dele é através de latidos, gemidos e choro. Nunca vou ouvir Chico dizer “mãe, estou com dor de barriga”. Não que isso o deixe menor, afinal, cá entre nós, sabemos de humanos que vão viver muito e ainda assim, comunicar-se-ão feito principiantes. C´est la vie.

Penso que é um equívoco afirmar que me tornei mais sensível em função desse tipo de comunicação do Chico, mas é fato que estou desenvolvendo minha sensibilidade com o intuito de sentir o que significa cada latido, gemido, choro ou lambida. E isso tem impactado na minha vida de forma geral. Porque eu estou há anos com o exercício de julgar menos e conseguir se colocar no lugar do outro. Chico me fez entrar num módulo “intensivo ultra hard” de empatia. Estou entendendo (não significa que aceitando) com mais facilidade as direções dos humanos. Sinto-me mais leve e, consequentemente, mais feliz.

Se eu passei muito tempo falando sozinha, agora eu falo com o Chico. Penso que ele também tenta me entender. Às vezes, eu peço: Chico, esqueci a toalha, vai lá na lavanderia pegá-la por favor, não quero sair do banho e molhar a casa inteira. Ele parece dizer: Se eu conseguisse pular até a altura do varal, eu atenderia você. Todos os dias fazemos oração juntos. Por vezes, ele parece refletir: Essa mulher é doida! Mas eu gosto mesmo, quando ele me lambe querendo dizer “tudo vai dar certo”. Sem dizer na velocidade 9 do rabo dele quando eu chego em casa.

Chico é travesso, levado, carinhoso, por vezes malcriado e dengoso. Como todo ser em desenvolvimento e saudável.

Estou feliz por honrar a confiança que Chico me deu. Estou feliz porque ele está mais corajoso e seguro de si. Fico feliz quando o vejo brincando, serelepe. Sou feliz, também, por ser mãe de cachorro. Sou grata por esse vira-lata me ajudar a desenvolver a sensibilidade do ver, ouvir e sentir, não apenas com o físico, mas com a alma. Sou grata por ele ensinar tanto.

É uma delícia ser a mãe do cãozinho mais lindo do Sul do mundo. \0/

MF, 24/01/2016.

 

Aprendendo na Ilha

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Hoje não faz sol na Ilha, mas também está abafado para ficar dentro de casa. Pronto, encontrei mais um motivo para um rolê… Os outros motivos são: encontrar a casa da D. Luiza, diz minha mãe que é a melhor cozinheira de salgadinhos de camarão e que todas as outras quituteiras da Ilha aprenderam com ela; andar por aqui tem cheiro e gosto de infância, quero relembrar meus desejos, quais foram realizados, quais foram esquecidos, quais foram incluídos na lista…

A Ilha está invadida pelos turistas e meu egoísmo não permite que eu veja vantagens nisso. Não enquanto não existir infraestrutura para receber todos que querem conhecer a 3a cidade mais antiga do Brasil (descoberta em 1504) e onde esta o Museu Nacional do Mar, queridinho do Amyr Klink. Procuro por praias desertas, por ondas, pelos meus sonhos e pela D. Luiza!!!

Chico me olha intrigado, parece perguntar se não estou com pressa. Chico me conheceu uma mulher com pressa, sem tempo e, talvez, desiludida. Ainda criança, eu sonhava ser dona do meu nariz, da minha conta bancária e do meu tempo. Conquista alguma paga o preço de não sermos senhores do nosso tempo, se formos refém de alguma instituicao ou qualquer pensamento que não seja o nosso. Isso é motivo de desilusão na certa.

Meu rolê continua, check list dos meus desejos à pleno valor em minha mente, lembranças da infância, cheiro do mar… deliciosa sensação…

Cadê D. Luiza? Perdi a noção das horas, mas sei que estou com fome. Espero que tenha salgadinhos prontos… Encontrei uma casa verde com a dita placa dos quitutes, mas a D. Luiza, nao! O marido informou que ela havia ido ao supermercado e logo voltaria. Ouvi o som de ondas e resolvi ficar por perto aguardando a chegada da famosa quituteira.

Alguns metros a frente conheci o Seu João, faz e conserta redes de pescaria. Me deu atencao, enquanto ouvia seu radinho, pitava e fazia remendos numa rede. Contou que suas redes viajam mundo afora e que conhece muita gente. “Às vezes vem gente do estrangeiro, nao entendo nada, mas quando queremos nos comunicar, a gente då um jeito; minha paixão é isso aqui”, disse ele.

Saboreei os salgadinhos ainda pelo caminho, não quero mais ter pressa, não preciso… Me dei conta que realizei muitos desejos que não sonhava na infância, que pessoas inspiradoras sempre cruzam no meu caminho, que ainda tenho muito a aprender, mas sou razoável em comunicação e que meus olhos brilham tendo consciência e gratidão por tudo isso.

MF em São Francisco do Sul, 02.01.2016

Ps.: Seu João trabalha sem camisa e por isso, não queria tirar foto. “Sou simples, mas não quero parecer deselegante.” Mal sabe ele o quão rico e elegante é e o quanto me ensinou hoje.
Pedi permissão para uma fotinho de longe. Além de elegante e rico, também é gentil.

Viro todas!

  
“Não sei se viro menina, se viro mãe, se viro todas.

Se viro artista, se viro vento ou viajante. Viro santa ou viro doida. Quem sabe viro onça.

Viro a mesa, viro o jogo, viro a página. Viro a taça num gole único.

Viro de ladinho, viro as costas, viro a vida do avesso.Viro outras. Sim, eu me viro.”

Nós damos sinais… O universo dá sinais… A vida dá sinais…

  

Tirei essas fotos em setembro e outubro, respectivamente. Eu estava na sala onde trabalhava, quando essas simpáticas aves apareceram. Naquela época pensei: vieram me convidar a voar. Hoje entendo os sinais… Era eu querendo voar! Era eu pedindo liberdade! Era eu sonhando com uma nova vida! E tem aquela máxima: cuidado com os seus sonhos, eles tornar-se-ão realidade. Mais uma vez eu tive provas do poder da nossa mente. E da nossa fé. E da importância dos nossos sonhos.

Mas é assim, fácil? Não, não é. Refletindo sobre o porquê das dificuldades de alçar novos voos, lembrei-me das tentativas frustradas, das crenças limitantes que ouvimos aqui e acolá, dos julgamentos ignorantes a que todos estamos sujeitos e da importância equivocada que atribuímos a isso tudo.

Mas também não é impossível, claro que não! Que tal lembrar-se dos casos de sucesso que iniciaram de forma humilde e nem sempre estruturada? O segredo? Coragem. A coragem sempre vem acompanhada de outros atributos: ousadia, resiliência, humildade, disciplina, vontade, aquele comichão de seguir em frente sem temer os tombos.

Ainda lembro-me do que senti quando vi as aves… Reconheço que faltou coragem para voar, reconheço que faltou serenidade para atentar aos sinais da vida e mais do que isso, aos meus próprios sinais e sentimentos.

Fui arrancada da gaiola, fiquei sem ar, fiquei me debatendo, senti medo, vitimizei… Acreditava não fazer sentido a forma repentina e rude do processo. Mas foi o jeito que a vida encontrou de me presentear, de me mostrar novos caminhos.

Quantas vezes damos aquele sorriso de canto de boca ao invés do sorriso aberto e despretensioso? Ficamos conformados com metade, fazendo de conta que é inteiro? Arrumamos uma desculpa para postergar uma decisão ou seguir outra direção? Ficamos à espera da segunda-feira, da lua nova, do ano bissexto, do cometa de Halley. Já ouvi comentários do tipo, “pra realização, só quando eu nascer de novo”. Ficamos no vai e vem de relações, de decisões e sonhos.

Estou do lado de fora da gaiola e confidencio que ainda dando voos rasantes. Mas é uma questão de tempo. Erros também têm que ser novos. Resolvi aquietar e reconhecer outros sinais antes de voos mais altos. Tenho tudo e não preciso ter posse de nada. Apenas o poder de ser eu mesma, de fazer minhas escolhas e de respeitar os sinais, os meus, os do Universo, os da Vida.
Licença, vou ali voar, talvez não volte.

MF, 05.12.2015.

As pessoas gostam da gente pelo que temos no “lado de dentro”?

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Chico e eu estamos fazendo 3 meses juntos hoje.

Chico não sabe qual a minha profissão, o saldo da minha conta corrente, se tenho cartão de crédito, se tenho bicicleta, carro ou blog. Se moramos num apartamento financiado, quitado ou alugado. Pra ele não faz diferença o valor do osso nem da ração que eu dou a ele, nem tão pouco, o valor da sua caminha… A propósito, ele continua preferindo a caixa de ‘azeitonas vale fértil’ que arrumei num supermercado no dia que o adotei.

Reflito sobre as relações humanas… As pessoas gostam da gente pelo que temos no “lado de dentro”? Por quem genuinamente somos? Chega a dar um aperto no coração… Concordo que devemos ser respeitados pelo que conquistamos e pelos papeis que assumimos. Mas qual a importância que devemos dar a isso? Sou maluca para dizer: nenhuma! Bom mesmo é aquele calor que sentimos com a presença de certas pessoas…

Chico reconhece o meu astral pelo meu tom de voz, pelo meu olhar… Quanta sensibilidade num cãozinho que só tem 4 meses de vida! Descobrimos afinidades: pop rock, carinho, correr e praia. Também somos comilões, gostamos de brincar e de ficar de preguiça aos domingos.

Ele é tão inocente e livre de rótulos, julgamentos e preconceitos… Me ensina… Me emociona…

Cada vez mais enxergo a beleza do simples… Cada vez mais entendo que devemos ser reconhecidos e valorizados pelo bem que fazemos ao mundo, pela alegria que causamos aos que estão ao nosso lado. Sem vergonha, sem pudor.

Contei a ele sobre esses 3 meses e ganhei uma lambida de gratidão… : )))

Ainda não sei quem adotou quem… Sei que estamos felizes!

CO & CO = Coração & Consciencia

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Chico dormiu cobertinho e com roupa. Acordou serelepe e sem roupa.

Se tivesse uma cadelinha na área, diria como minha avó: deve ter feito “saliência” a noite toda. Vai saber os sonhos e fantasias desse cãozinho. Se o acho humano em vários aspectos, há de ter seus desejos secretos também…

Hoje é sábado e conseguimos tomar café da manhã com calma. Expectativa de uma caminhada menos apressada também. Saímos e já no elevador, Chico, sem cerimônia, cheirou e lambeu quem encontrou. Não tratou de saber se a pessoa tinha afeto por seres caninos, nem questionou se sua atitude seria bem vinda. Foi lá e fez.
De primeira, achei meio invasiva essa atitude. Mas, ao constatar que as pessoas gostaram do seu “carinho”, percebo que ele consegue quebrar o gelo. Age tão inocentemente, que é bem aceito. Somos parecidos.

Sou do tipo que prefere olhar a metade cheia do copo, aquela que me sacia. Sei que há muitas pessoas trabalhando em prol do próximo, mesmo desconhecendo o próximo ou mesmo o próximo já tendo lhe feito algum desagrado, há outros defendendo a natureza, há também aqueles que lutam por disseminar a arte e a cultura. E muitas outras frentes, cada qual contribuindo para um mundo melhor à sua maneira. Mas não dá para fechar nem cobrir os olhos para a parte ruim. Crianças pagando com a vida, desmatamento desnecessário, competições desleais nas corporações, guerra civil, sonegação, traições, corrupção deslavada. Causa embrulho…

Vem à mente a cena do elevador. Estou certa de que a humanidade está precisando do que os animais e as crianças têm de sobra: coração puro e consciência tranquila.

MF, 12.09.2015

Sentir E Seguir Com Fé 


Hoje, em São Francisco do Sul, festividades para Nossa Senhora da Graça.
Hoje, em Curitiba, festividades para Nossa Senhora da Luz.

Cidades que me acolheram… Diferentes no estilo, na sua história, mas semelhantes no exercício da fé, felizmente.
Tenho necessidade dessa prática diária: a prática da fé. É essa fé que me move, que alimenta minha alma, me fortalece, me tranquiliza e me direciona. Por vezes, não sei onde vou dar, porém a fé em que estou sendo bem guiada, me faz continuar. Sigo com passos firmes e coração leve. Tenho gratas surpresas.

Hoje, ao acordar, lembrei-me da minha infância na Iha de São Chico. Algum tempo antes da comemoração da Padroeira, minha escola já começava a se preparar para as festividades. Arrecadávamos pó de café usado, tampinhas das garrafas de vidro, papel laminado… tudo para a confecção dos tapetes religiosos. Como eu me divertia fazendo os tapetes, como sempre foi importante pra mim, ser útil de alguma forma… Uma coisa me incomodava: não entendia muito bem o porquê de ser permitido pisar nos tapetes durante a procissão, achava que deveríamos caminhar ao lado, admirando nossa “arte”.

Alguns anos depois entendo o processo. Concordo que apenas admirar não é suficiente, a gente tem que construir, demolir, reconstruir. Colocar as mãos e os pés na massa. E o mais importante: colocar a alma, o coração. A gente tem que sentir. Sentir a poeira nos pés, a grama molhada, a brisa do mar, da montanha, o frio da chuva, o nascer e o pôr do sol, o brilho da lua, a respiração dos filhos, o sabor do pão quentinho, do café forte, do chimarrão, os batimentos do coração e os arrepios da alma. Estar aberto e sensível para sentir tudo isso é acertar todos os números da loto. É felicidade das mais puras!

A vida é feita de chegadas e partidas. Todo mundo quer um porto seguro. Existe? Claro! Dentro da gente. Esse é um dos segredos: qualquer que seja o destino, temos que ser nosso próprio porto seguro.

Entendo que começos, recomeços, chegadas e partidas podem ser precedidos por demolições. Não faz diferença. O importante é sentir e seguir… Pra frente, sempre… Com fé, em paz e leve.

Nossa Senhora da Graça, concedei graças mundo afora. Desculpe todos nós. Ajudai-nos a fazer um mundo melhor.
Nossa Senhora da Luz, iluminai os crédulos e incrédulos. Iluminai nossas ações, pensamentos e sentimentos. Ajudai-nos a fazer um hoje melhor.

MF, 08.09.2015

Viva o nosso 1º mês juntos! Chico e eu! <3

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E então estamos há mais de 1 mês juntos…

Algumas pessoas questionam sobre um cãozinho num apartamento… Sempre fui contra e, como já aconteceu em outras ocasiões, acabei mordendo a língua, acabei comendo a maça proibida… Atire a primeira pedra, quem nunca…

A principal diferença para uma casa com quintal é a falta de grama para o xixi e o cocô. No mais, Chico corre, late, brinca e pula como qualquer outro ser que não faz ideia que está num apartamento no 12º andar de um edifício e cercado por vários outros prédios. A vida pra ele é uma festa! Graças a Deus! E isso tem respingado em mim. Que o diga o segurança da pizzaria que fica perto da pracinha que frequentamos, que me vê correndo e pulando feito criança junto com o Chico.

Nesse primeiro mês, já fez vários aumiguinhos: a Sharon, a Maya, a Elisabete, a Chiquinha, a Mel, o Pingo e o Miguel. É querido pelos porteiros do prédio, pela vizinhança, pelos meus amigos e nas redes sociais. E isso alimenta minh‘alma! Ainda não mudamos para a nossa casa, ainda temos essa limitação física. Mas temos o amor um do outro e Chico já aprendeu que o amor é o nosso bem mais valioso. Em nossa relação, há oração, esconde-esconde, apometria, rock, samba, comilança, vinho, plantas, filmes, atividades físicas, havaianas sem cheiro e sem tiras, brigas, perdão, ração e meditação. Bom, cada um tem a mãe que merece. Quero crer que Chico está feliz ainda que eu tenha inúmeros defeitos.

Meus olhos dizem que Chico já dobrou de tamanho. Meus braços entendem que também já dobrou de peso. Meu pequeno defende as crianças feito gente grande, seu latido fica diferente se alguém chega perto de uma criança que ele julga estar cuidando. Acho que ele sente vontade de brincar com a Maria e o Deva, casal de periquitos que também moram na minha casa. Chico fica quietinho para tomar banho e também já aprendeu a fazer xixi no tapetinho higiênico, exceção claro, quando estou em casa, porque assim como nós humanos, ele também tem seus momentos de querer chamar a atenção.

Há brinquedos, alguns inteiros, alguns ruídos, espalhados pelo apartamento e que são rapidamente recolhidos quando recebemos visita. Ele ainda é tímido, mas rapidamente se socializa… Tem sangue catarina! Embora tenha uma cama nova, Chico continua preferindo a sua caixinha de papelão, que eu pedi num supermercado no dia em que o adotei. Algumas pessoas humanizam seus cãezinhos e chego a atender o porquê, pois eles são uns danadinhos! O que os diferem de nós? Eles amam sem conflito. Apenas sentem e se entregam. Sabem quando erram e, do jeito deles, pedem perdão e seguem adiante. Já nós…

Chico atende aos meus apelos emocionais: Chico já passam das 23h, acabamos de passear, agora gentileza fazer xixi apenas no tapetinho, porque a mãe tá cansada demais para encarar rodo, desinfetante e pano de chão, ok? Também é meu confidente: Chico, tu não imaginas o que aconteceu hoje… Meu parceiro: Chico, a mãe melhorou o tempo na corrida, bora comemorar, guri? Cá entre nós, sou maluca o suficiente para acreditar que Chico me dá conselhos também.

É corajoso e com ele não tem tempo ruim, literalmente. Não se assustou com a trovoada dessa noite, nem fez mimimi pra vacina. Tente tirar o Garfield dele pra você ver. Meu pequeno grande guerreiro.

Todo dia Chico repete a atitude que teve quando nos conhecemos: fica quieto, me olha por uns segundos, então vem em minha direção e estende a patinha… Como se dissesse “obrigado, seguimos juntos, né?”. Como se quisesse dar um abraço de gratidão. Fico me perguntando se fazemos isso em nossas relações, se regamos com amor, carinho, atenção e cuidados diários. Fico me perguntando se as relações estão embasadas e fortalecidas pela confiança mútua e desmedida, pelo respeito. Fico me perguntando se somos gratos. Fico me perguntando se nos entregamos sem medo ou conflito. Fico me perguntando se reforçamos ou demonstramos, de alguma forma, o desejo de continuar junto. Ou se estamos no piloto automático…

Eu ensino, Chico aprende. Chico ensina, eu aprendo. Todos os dias. Amém.

Sou muito grata a todos os ensinamentos e felicidade que ele me proporciona.

Chico, obrigada! Chico, eu te amo!

10 Meses de Blog! 10 Meses de Energia!

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E passaram 10 meses de blog.

30 textos publicados, um pouco mais de 3000 visualizações.

Não sonhava ser blogueira, sonho de verdade eu tenho um: fazer um mundo melhor. Como fazer? Tenho varias formas. Uma delas: a escrita.

Meus textos são, na maioria, uma auto referência, não com o intuito de exposição, mas sim com o desejo de compartilhar vivências e sentimentos e dizer “ei, somos todos um, o que afeta você, afeta a mim também, então vamos juntos, e vamos construir um amanhã melhor”.

Brinco com os amigos que internet é coisa do “demo”, porque a gente encontra de tudo por aqui. Mas como tudo também tem o lado bom, a internet também deixa o mundo pequeno.

As visualizações vêm de diversas partes do mundo. Fantástico isso!

De São Chico para o Mundo!!!

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Os números são humildes, eu sei. Mas é exatamente o valor que eu visualizava há 10 meses!!!

Mas se pensar que, em 10 meses, 3000 visualizações, média de 300 visualizações por mês, média de 10 visualizações por dia. Então, vamos lá, se de 10 pessoas, 1 sentiu-se tocada e em algum momento, mudou sua conduta, já terei ganho meu dia. É um trabalho de formiguinha, mas um feito muito digno e, mesmo pequeno, me deixa muito feliz.

Então é isso, hoje não tem texto, apenas um agradecimento pela companhia no blog, pelos e-mails (mailto: magdajf@hotmail.com), pelos feedbacks, pelo apoio, pelo carinho… É uma delícia sentir a energia que vem junto com os comentários e e-mails. É injusto citar nomes, porque a lista de agradecimentos que fiz no dia da inauguração do blog (vejam o texto E NASCEU O BLOG, SEJAM BEM VINDOS), graças a Deus, já aumentou!! Há mais pessoas em meu coração…

Vamos na luz… Sintam meu “upa”!

Namastê!

Magda

Chico… Demos um Voto de Confiança!

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Há uma semana uma amiga enviou uma mensagem sobre uma família de 7 cachorrinhos que havia sido encontrada em uma caixa na beira do asfalto. Disse que a pessoa que os encontrou, mal tinha para o próprio sustento. Pediu se eu podia ajudar com ração, perguntou também se eu gostaria de adotar algum. Respondi: imagina, já disse vários “não” para situações semelhantes, moro em apartamento! Como essa mesma amiga havia ajudado na divulgação de um lindo labrador fugitivo há alguns meses, resolvi retribuir a gentileza levando, além de ração para a família canina, uma cesta básica para a família que o encontrou. Peguei o endereço e confirmei minha visita no dia seguinte.

Acordei no domingo pela manhã com fotos da família de cachorrinhos… De cara, me encantei com o marronzinho. Passei o dia dizendo pra mim mesma: Contenha esse coração, sua maluca, você mora em apartamento! O dia estava lindo e confesso que fiquei arrumando coisas a fazer, protelando minha prometida visita. Dentro de mim já sabia o que ia acontecer. Então, passei o dia “brigando” comigo mesma. Resolvi fazer meu treino de corrida e ir vê-los logo em seguida. Era minha última desculpa… Pensei, chego lá, descabelada, com cara de tender assado, salgada de suor. Cachorro algum irá me querer!

Domingo, final de tarde, bairro Sitio Cercado, aí vou eu! Num determinado momento, o celular avisou “sinal de GPS perdido”. Teimosa pensei: Agora eu acho essa família na raça, depois me viro para voltar pra casa! Após quase 1 hora rodando por um bairro que eu não conhecia, parando, perguntando, xingando o celular, resolvi parar e pedir ajuda a São Francisco de Assis. “Meu camarada, tu que gostas de bicho, me ajuda? Daqui a pouco, escurece e a vaca vai pro brejo, eu não sei mais onde estou. Quebra mais esse galho pra mim?!”. Nervosa, abaixei a cabeça, abracei o volante e depois de respirar profundamente, vi a alguns metros pra frente, uma humilde placa: doam-se filhotes.

“Oi, tudo bem, vim entregar umas coisas e estou com pressa.” Como é incrível a nossa capacidade de fuga… Avistei a família canina e fui fazer um carinho neles. O marronzinho era o mais tímido, na dele… Perguntei se ele estava machucado e o homem respondeu: esse é o mais medroso, acho que ainda tá assustado por ter ficado na rua. Me despedi, numa mistura de tristeza e felicidade. Sentindo-me cruel e forte ao mesmo tempo. “Ninguém mais dobra esse coração já sofrido; Mas e se dobrar, que mal há; Justo eu que defendo tanto o amor; Que acredito que o amor faz o mundo melhor; Não, de novo, não.” Um turbilhão de pensamentos e sentimentos contraditórios enquanto eu caminhava até o carro. Então, olhei pra trás, meio de rabo de olho e avistei-os novamente. Todos brincavam e o marronzinho era o único que ainda me olhava… Voltei, fui em sua direção e, emocionada, perguntei: O que você acha de eu te ajudar a enfrentar seus medos e você me ajudar a enfrentar os meus? Se sim, me dê algum sinal. Esperava que ele latisse, rosnasse, abanasse o rabo, sei lá, coisas de cachorro, sabe? Ele veio em minha direção e estendeu sua magrela patinha, como se dizendo: tá esperando o que, vamos nessa? Peguei-o no colo. O homem olhou pra mim e disse “obrigado, Deus te abençoe”.

É errado dizer que adotei o Chico, porque ele também me adotou. Desde então, ele tem me mostrado que entregar-se (quantas vezes a vida proporcionar) ao coração, com ou sem medo, é a melhor coisa do mundo! Estamos aprendendo várias outras coisas, que irei dividir por aqui, aos poucos… Os amigos estão me ajudando com dicas, com presentes, com demonstrações de carinho ao Chico. Antes eu chegava ao trabalho e perguntavam, “e aí, tudo bem?”. Agora é assim: e aí, como está o Chico? Você ainda está aqui? Já passam das 19h e o Chico tá te esperando. O Chico chorou essa noite? Tenho tapetes higiênicos para o Chico. Manda foto do Chiquinho pra mim? Minhas primas escrevem “como está o nosso priminho?”. Aceito com gratidão todo esse afeto. Quem agrada meus bichos, agrada a mim também. E viva a Maria e o Deva, também moradores da minha casa. Meus lindos periquitos comedores de pipoca, tomate, ovo, alface e alpiste! Puxaram quem? Rsrs

Assim como o Chico “disse” pra mim, eu escrevo pra vocês: Vamos nessa? Há muita vida para se viver… Acreditem em si mesmos. Digam àquela criança que um dia todos nós fomos e volta e meia retorna cheia de medo em nossa vida, que é possível. Perdoem-se. Fortaleçam-se. Libertem-se do que não é de vocês, sentimentos, pensamentos, medos, desejos. Lambuzem-se de coragem, de muitos primeiros passos, de fé, de sorrisos e alegria. Eu fui até o Chico. Chico, corajosamente, caminhou ao meu encontro. Estamos honrando essa confiança. E estamos felizes!!! ❤

Beijo em todos!

MF, 25.07.2015

A Rua Com Nome do Meu Avô <3

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Sempre tive curiosidade em saber a história das pessoas que se tornam nomes de ruas. Alguns nomes são célebres da história do nosso país, do mundo. E os demais?

Recebi essa foto no final da tarde de hoje logo após essa placa ter sido colocada na praia de Itajuba, município de Barra Velha, SC. Chorei muito! Chorei de alegria, de emoção, de orgulho, de saudade… Plácido Manoel de Freitas é pai do meu pai, meu avô amado!

Homem simples, sorridente, estiloso. Lembro dele vestindo calça social, camisa social e kichute!!! Generoso, agregador (sempre recebendo alguém para tomar café, almoçar, jantar… ano novo na casa dele era casa cheia de gente que eu não conhecia), das “antiga” (vi muitas vezes minha avó lavando os pés dele), gostava de um baile que só ele (acabo de reconhecer donde vem minha queda por Carnaval… sim, eu pulei todas as noites de Carnaval dos 15 aos 35 anos, então me aposentei, rs… esses dias pensei “nem meu pai nem minha mãe gostam de carnaval, por quem puxei?”, acabo de saber a resposta).

Ele tinha um comércio de “secos e molhados” no estilo que alguns barzinhos hoje tentam imitar e que, provavelmente, ainda existe em varias cidades do nosso país. Tinha vários bichos, muitos filhos e incontáveis histórias de pescador. Depois do seu último derrame, era difícil entender ele falar, mas ele continuava contando suas histórias e estórias, ria de si mesmo… Acabávamos rindo todos!

Não vou saber contar detalhes de tudo que ele fez pela sua comunidade, pela sua cidade, mas sei o que ele fez por mim. Quantas férias, quantas festas eu passei com ele. Homem de fé, rezava o terço e benzia os netos. Colocava um espelho no fundo da sua casa (aqueles de bordinha laranja, sabe?) e lá fazia a barba; no reflexo do espelho, seu rosto e o mar de Itajuba). Olhava o mar e dizia “maré enche, maré vaza”; qualquer analogia com a nossa vida não é mera coincidência, não é mesmo? Era uma alegria vê-lo sorrindo chegando à beira da praia com seu barquinho. Ano novo, depois da meia noite, carregava os netos para pular ondas. Meu Deus, eu faço isso até hoje!

Difícil continuar escrevendo… A emoção é grande… Mas redigindo esse post, estou reconhecendo quanto dele há em mim. Muita gratidão, meu avo! Quero conseguir transmitir seus valores por onde eu passar… Sei que você e a vó, junto com alguns primos e tia, estão comemorando a placa com o seu nome, aí no céu… Te amo, muita saudade. ❤

Curitiba e eu… Lá se vão 20 anos!

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1995 – 2015 – 20 anos!!!
Tenho mais tempo de vida em Curitiba, do que em São Caetano ou São Chico.

Lembro de quando cheguei… Adorava ir aos Parques, passei meses conhecendo, visitando e revisitando cada parque. Ainda tenho a impressão de que curitibano não valoriza tanto os seus parques como quem vem de fora. Depois comecei a participar das corridas de rua da Prefeitura, um mês em cada bairro… E lá ia eu conhecendo Curitiba… Não fazia diferença o meu tempo na corrida, pois além da atividade esportiva, meu objetivo também era descobrir os encantos da cidade, porque Curitiba é incrivelmente intrigante e eu sou adepta do “quero chegar lá, mas tenho que curtir o caminho ou não valerá a pena”. E lá ia eu, despretensiosamente, correndo pelas ruas e desbravando Curitiba…

Fui importada de SC, mas nada é ao acaso. Em meu balanço de 20 anos, muito aprendizado, pessoas especiais, lugares lindos, renovações, realizações. Turma das corridas, das especializações, dos trabalhos, Deeksha, Apometria, Reiki, Temazkal, Ayurveda, Pro Vida, dança flamenca…
Sangue paulista, alma catarinense e 20 anos de Paraná!

Obrigada Curitiba, obrigada Paraná. Vamos que vamos! Que essa relação seja eterna enquanto for boa pra ambos…

Bem Vindo ChiCÃO!!!

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Fiquei pensando se falar do Chico tem a ver com o blog…

Siiiiim… tem tudo a ver… animais são puro amor!!!!

Então deixa eu contar como começou nossa história: Esse cãozinho foi encontrado em uma caixa na beira do asfalto junto com 6 irmãozinhos. Domingo, 19 de julho, depois de algumas ligações tentando ajudá-los, não resisti e trouxe um.
Batizei de Francisco, o nome do Papa e do Santo que gosto muito.
Juntem-se a mim no envio de ótimas vibrações e nas boas vindas ao ChiCĀO!!!
♡ ♡ ♡ ♡ ♡ ♡ ♡ ♡

Seres Especiais… <3

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Estava refletindo sobre pessoas especiais, na verdade, estava refletindo sobre o que é ser especial, como é ser especial, pra que ser especial, o que fazer para ser especial…

Admiro as pessoas que fazem, acontecem, pintam, bordam e são exemplo, nos inspiram de alguma forma. São especiais porque, mesmo que não saibam, mesmo distantes, mesmo que não estejam em nosso rol de pessoas próximas, mesmo que não sejam nosso facefriend, nos instigam a fazer o melhor e melhor, a pensar e enxergar diferente. Papa Francisco é super super especial!

Há outras pessoas, não populares como o Papa Chico, que também são inspiradoras. Fiquei ausente da academia por um tempo. Voltei esses dias e reencontrei uma catadora de lixo que sempre cruzava no caminho. Ela vindo e eu indo… Como das outras vezes, nos cumprimentamos, trocamos sorrisos, uma cumplicidade silenciosa, mas acolhedora. Ainda não sei seu nome, mas ela é sorridente, firme e meiga. Hoje, especialmente, achei-a linda, apesar do corpo e rosto judiados. Consegui enxergar a sua feminilidade, disfarçada no seu espírito guerreiro. Ela também é super super especial!

Depois de reencontrá-la no início da manhã, fiquei pensando em outras pessoas especiais, aquelas que são especialmente especiais. Isso mesmo! Aquelas que estão no nosso lado, no dia a dia, na labuta da vida… Que estão com a gente quando nem nós conseguimos nos suportar, que esfregam em nossa cara as nossas virtudes e qualidades quando nos esquecemos delas, aquelas que se dedicam em nos ouvir, nos entender e nos aconselhar, aquelas cuja presença ainda que silenciosa (ou não), é muito aconchegante. Aquelas cuja presença faz diferença, mas nem sempre nos damos conta disso. Especiais também porque conseguem extrair o nosso melhor e nos amam e querem bem mesmo com nosso combo: defeitos, limitações e fraquezas.

Pessoas assim são especiais porque sempre tem um jeitinho (especial, é claro) de nos fazer sentir, mesmo em meio às atribulações diárias, mesmo no tumulto dessa vida doida varrida, também especiais! Pessoas assim são super super super super super especiais! Quero sensibilidade para reconhecê-las, quero humildade para valoriza-las, quero amor pra tê-las sempre por perto.

MF, 17.07.2015

Novos Livros, Novas Histórias, Novos Enredos…

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Já vivi agarrada ao livro que havia começado com um lindo prefácio… Custei a entender que aquela história (com um lindo prefácio) havia terminado, porque todas as histórias tem começo, meio e fim. O que a gente se pergunta é sobre a duração das histórias, dos ciclos… Para algumas pessoas, os ciclos duram uma vida, para outros uma primavera, para alguns vários carnavais… Não se torture com isso. Os ciclos duram o tempo que tem que durar!

Faltava coragem para fechar o livro, me privava de novas leituras, preferia a comodidade daquela história, da qual eu conhecia o enredo… Era quase um pacto com o sofrimento e, para sofrer menos ou teimar que não sofria, eu lembrava do belo prefácio, o que fazia que eu me enganasse por mais algum tempo… Fui entendendo que estava conformada, digo, com forma, formatada, programada. Iludia-me com uma liberdade, que no fundo não existia. Afinal eu estava presa à leitura do lindo prefácio, que já não fazia mais sentido no livro da minha vida.

Fui programada para viver uma única história, pensava eu… A igreja vai dizer que sou pecadora, a família vai me isolar, alguns amigos irão me abandonar e muitos irão me julgar… A culpa me rondava, o medo me paralisava…

Mas a vida é doce, acreditem, e vai mostrando, que há novas histórias, novos livros, novos enredos… Dá-nos a oportunidade de recomeçar, quantas vezes forem necessárias. Fui ficando sensível aos sinais e deixando me seduzir… Criei coragem. Me joguei, me atirei, me permiti olhar o novo. Recomecei. Às vezes, lágrimas escorrem, apenas pela emoção de querer mais… Isso é viver!”

Do livro ‘O Amor e Um Mundo Melhor, página 9’.

Nos últimos 12 meses…

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Nos últimos 12 meses fiz as melhores aquisições: amigos, experiências e viagens dentro de mim….

Algumas pessoas vieram e logo partiram, algumas chegaram como se sempre estivessem por perto, algumas seguiram outros caminhos. Sobre esses, é porque temos valores diferentes, simples assim. Alguns estão distantes, porém sempre presentes. Sou grata a todos pelo aprendizado.

Cada vez mais me interesso pela beleza, a interior, pois a exterior como dizia minha avó é fugaz. Imagina se eu concordaria com minha avó aos 20 aninhos… Continuo enxergando a vida e as pessoas com certa ingenuidade, o que me faz sentir que ainda tenho muito a aprender. Continuo comilona e pra fechar a conta da balança, corro pelas ruas de Curitiba. Alguns amigos dirão que eu bebo bastante também. Penso que é uma questão de referência… Rs

Participei de um livro e lancei um blog. Ambos falam sobre o amor e aspiram a um mundo melhor. Recebo críticas e elogios. Aprendo com ambos. Muito interessante conhecer o ponto de vista das outras pessoas, ao mesmo tempo é confortante saber que algumas viveram experiências semelhantes e que há desafios de todos os tipos e tamanhos.

Sobre experiências, nos últimos 12 meses foram várias… Abusaria da paciência de vocês se escrevesse sobre cada uma… Dentre todas, uma será lembrada enquanto o ar entrar em meus pulmões: a certeza da força e da fragilidade da vida; a certeza que tudo pode mudar do dia pra noite, e da noite pro dia. Amanhã tudo pode estar diferente…  A gente perde o chão, o ar, o fôlego, os sentidos, perde sangue, perde uma vida… Mas não perde a esperança! O ontem já era. Aprendi que se o amanhã é feito do hoje, devemos fazer o nosso melhor hoje! Sejamos felizes hoje!

Também nos últimos 12 meses fui convidada a ser madrinha de casamento e isso encheu meu coração de alegria. Sou fruto do amor e quero que ele sempre vença. Sigo acreditando no amor com todas as minhas forças, estou certa que é a cura do mundo, a receita para um mundo melhor. Estou ciente que sentir como o outro sente, exige paciência, dedicação e amor. Mas vale à pena, aprendi isso também.

Às vezes a insanidade fica ao meu lado e cometo loucuras, algumas são deliciosas. Todo mundo precisa ser um pouco louco, o desafio está em saber o momento adequado para as sandices… Mas louco que é louco não tá nem aí para o “momento adequado”, né? Todo paraíso precisa de certa loucura. Penso que seria chato um paraíso repleto de pessoas metidas a “certinha”. Fujo delas. Se eu fosse você, fugiria também.

De vez em quando fecho os olhos e ouço o barulho do mar. Muitos anos passaram e ainda sinto falta de ouvi-lo e admira-lo diariamente. Preencho a saudade admirando as araucárias, os parques e fazendo meditação. A lua me seduz e ao invés de catar conchinhas da praia, conto as estrelas. É preciso saber se adequar… Sou feliz também com o céu do Paraná.

Caminhos que percorri? Vários… O mais desafiador é aquele entre a cabeça e o coração. Tenho certeza que quanto menor a distância entre eles, maior será a felicidade. Sentir com o coração aberto baseada em fatos e vivências, sem ser vítima, algoz ou deusa. Enquanto não cruzo a linha de chegada, sinto o vento do caminho, sinto frio na barriga e o rubor das emoções. Sou feliz também com os altos e baixos do meu percurso.

Nos últimos 12 meses reforcei aquela máxima de que não se faz “omelete sem quebrar os ovos”. Ou seja, processos de transformação podem vir acompanhados de alguma dor, mas o resultado é sempre positivo. Passada a experiência da dor, a gente consegue concluir que omeletes são ainda mais deliciosos sem casca de ovo, a dor é válida quando se trata de evolução. E tem outra lição: não deixe outra pessoa mexer no seu omelete, todos os “nós” e laços quem fazemos somos nós. Podemos compartilhar ou pedir ajuda, mas depender do aval de outra pessoa, mesmo que seja da família, corre-se o risco de ver o tempo passar. E ele passa mesmo!

O poder da mente é incrível, o poder de um abraço também. E se tiver um cafuné, a gente se reergue ainda mais fortalecido, não é verdade? Sinto que estou cada ano mais forte, sinto também que estou mais sensível. Sensível para o “sentir”, mais do que o ouvir, ver ou falar. Egoísmo de vez em quando ronda, mas eu sou humana. Continuo fugindo das tentações, mas agora fujo bem devagar. De modo que elas me alcancem e então, me entrego.

Às vezes sinto como se tivesse 21 anos, com medos semelhantes daquela época, desejos e sonhos também. Parece que o tempo não passou para algumas coisas. Meu pai costuma dizer: gostaria de ter a experiência dos meus 70 anos aos 20 anos, então ele mesmo conclui: mas daí não teria graça, né? Não sinto vontade de voltar no tempo, jamais, o que quero dizer é que o desejo de ser agente transformadora para um mundo melhor e de ser feliz tem a mesma força de quando eu tinha 21 anos, de quando eu tinha 15 anos, de quando eu tinha 5 anos. Talvez sentir assim seja o tônico da juventude! Será?

42 anos passaram e eu estou em construção. Sempre em reformas. Que o aprendizado dos próximos 42 anos seja doce, prazeroso e divertido. Que eu siga com fé, sensível, amorosa e com divertidas tentações. E que eu consiga cada vez mais, aprender, ensinar, sorrir, sentir e amar. Sempre! Assim será!

MF, 18.06.2015 (na contagem regressiva para às 00h30m do dia 20.06.2015)

Amélia é que era mulher de verdade!

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Ando refletindo sobre a vida moderna, especialmente sobre o impacto da revolução feminina e suas pseudo conquistas … Nossas conquistas geram tão somente benefícios? Conseguimos manter o equilíbrio? Temos noção dos nossos limites? Ganhamos real qualidade de vida? Damos a devida atenção a nossa saúde? Zelamos pela nossa integridade moral e intelectual? Cuidamos de verdade dos filhos e marido?

Compartilho essas reflexões porque estou certa que outras mulheres têm os mesmos questionamentos, a mente repleta de duvidas e o coração apertado por sentir que as respostas às perguntas acima, pode ser “não”!

Assim como a maioria das mulheres sinto orgulho das nossas conquistas, estou ciente da nossa contribuição e fico satisfeita em saber que sim, nós podemos e nós conseguimos. Então, voltemos às questões acima. Meu coração volta a apertar…

Penso que homens e mulheres sentem-se pressionados, cada qual com a sua razão, o seu motivo. Ando cismada que, nós mulheres em algum momento perdemos a mão, e agora precisamos e devemos mudar o motivo das nossas preocupações. Explico: estamos preocupadas em contribuir com o sustento da casa, em galgar cargos de destaque no mundo corporativo, em ir às ruas protestar, em assumir nossa veia política, mas temos um mundo tão importante diante de nós, o qual somos criadoras e matriarcas, que está se tornando invisível aos nossos olhos, ao nosso coração. Egoísmo? Vaidade? Ambição? Estamos ficando aparentemente mais poderosas, mas também estamos vedando nossos olhos? Preço alto, não?

Minhas intenções são para que homens e mulheres dispam-se de preconceitos e vaidades, assumam seus reais papéis, aqueles papéis a que fomos designados por Deus, aqueles papéis abençoados pelos anjos.

E que papéis são esses? A resposta é individual. Mas eu tenho uma dica: Amélia é que era mulher de verdade!

MF, 21.05.2015