Meu Reset em Delfim Moreira, MG.

10352822_887407171278470_3650060960831597763_n.jpg

Eu queria desligar, dar um reset, ficar off um tempo. Sair do mundo para entrar em mim. Queria ver gente, mas não muita. Queria bichos, mas não muitos. Queria mar, cachoeira, sol para fritar os miolos. Um amigo aconselhou ir para Boipeba. Achei que era forma de se expressar, mas quando o vi explicando onde ficava, percebi que estava sendo ingênua em duvidar da existência de Boipeba. “Você precisa ir até Morro de São Paulo, pode ir via lhéus, pegar um barquinho e então, chegará à Boipeba”. Passado o momento de riso, achei mais poético explicar como chegar a São Francisco do Sul e isso me fez decidir ir para outro lugar que não fosse a inusitada cidade.

Onde fica São Chico? Bem, olhando o mapa de SC, você verá duas ilhas, uma maior ao Sul, que é Florianópolis; outra menor, ao Norte, que é São Chico, ilha onde nasceu Sonia Freitas, minha mãe, e onde passei uma feliz infância e adolescência.

Esse mesmo amigo, indicou uma agência de turismo. Liguei para a consultora, muito atenciosa, simpática e parecia entender o meu desejo. Repetia feito atendente do Mc Donalds: Você quer um lugar tranquilo, sem ser isolado, quer se encontrar, blablabla. Isso, isso, respondi confiante. A cada proposta enviada eu refletia sobre onde eu estava falhando na tentativa de expressar o destino que eu desejava, mas que ainda não tinha um nome. Ela me trouxe como opções o Nordeste, Foz do Iguaçu, Galápagos. “Moça, talvez eu tenha esquecido de falar, não quero ir para o Nordeste agora, não quero repentista cantando na minha cabeça e, enquanto houver mar e praia que ainda eu não conheça, por favor não indique como opções, lugares frios e nem Boipeba! ”. A postura atenciosa recuou um pouco: você conhece muitos lugares, estamos em alta temporada e o valor que você está disposta a investir não tem muitas opções, disse ela. Eu sentenciei: esse é o seu desafio!

Difícil aceitar que algumas pessoas não curtem um desafio ou menos ainda que perdem uma negociação ainda que o país esteja em crise. Porque o meu teto financeiro era humilde, mas não desprezível. A moça sumiu. Nem para mandar um whats se justificando. Dei de ombros. Estou assim…

Sosseguei e esperei o Universo agir. Porque ele age, nós sabemos. Bastar querer com o coração, com a alma. Estava em férias e me dei o direito de ler apenas os e-mails lights. Fui buscar se tinha algo no spam que não deveria estar lá (deve fazer anos que não faço isso) e… bingo!!!! Um deles falava sobre um lugar especial na Serra Mantiqueira, no sul de Minas Gerais.

O e-mail dizia: “Um lugar que encanta com suas paisagens, cachoeiras de águas límpidas, ar puro das montanhas, grande energia e boas vibrações. O local pertenceu aos monges beneditinos entre as décadas de 50 e 90. Foi adquirido por um casal antenado, que manteve as características arquitetônicas e ecológicas do local e o disponibiliza para grupos”. O nome da cidade? Delfim Moreira. Não pensei duas vezes.

Pois bem: DM (já estou intima do lugar), abre os braços, to indo te conhecer, lindeza! Minha primeira passagem por Minas Gerais…

Não importa a sua opção de carnaval. Sejamos felizes com nossas escolhas!

MF, 04/02/2016

 

 

 

Feliz Aniversário para uma querida amiga

bia

Gosto de ouvir e ler sobre como as pessoas se conheceram… Os casais, treinador e atleta, bandas de música, enfim… O texto de hoje vai para uma amigona, uma amigona que faz aniversário e para quem eu desejo o melhor da vida. Dei muitas risadas escrevendo esse texto, lembrando das nossas aventuras.  Beatriz Paslar, olha nós aqui!!!!

Quando eu digo que Deus coloca as pessoas certas no momento certo em nossas vidas, não o faço porque li em alguma revista da moda ou em livros de autoajuda, falo por experiência própria. A Bia é uma dessas pessoas.

Não posso dizer que Bia e eu nos conhecemos estudando, porque nunca lemos um livro ou uma apostila juntas. Mas é correto afirmar que estávamos inscritas no mesmo curso, tínhamos pouco contato e esporadicamente trocávamos dicas antes das provas ou éramos camaradas no preenchimento da lista de presença. Outra verdade é que apesar do pouco convívio, sabíamos de algumas lutas uma da outra, tínhamos admiração e respeito mútuos e, naquela época, o desejo de passar um carnaval totalmente diferente do que tínhamos vivido em nossas vidas. E assim fizemos, compramos um pacote em cima da hora e, no melhor estilo “Thelma & Louise”, passamos uma semana juntas.

De lá para cá, já passamos poucas e boas. A Bia me apresentou o litoral paulista e já me ensinou um monte de coisas com o seu jeito humilde de ser. Já viajamos de carro, de avião, de navio, de busão. Já fizemos tour a pé no bairro da Liberdade (participação especial do Edu, para quem meus pés agradecem por ter encontrado um taxi disponível). Já corremos em rodoviária para não perder o ônibus. Já fomos fotografadas em bistrôs chiques e já contamos moedas para dividir um pacote de ruffles e uma latinha de refri. Já saltamos de paraquedas. Já passamos rezando em blitz. Já rezamos sério também. Já pegamos no pé uma da outra e já demos as mãos num gesto de solidariedade digno de amizade de outras vidas. Já choramos de tristeza, de emoção e de tanto rir.

De lá para cá, cuidamos uma da outra e não faz diferença a distância que nos separa. Tenho certeza de que também não importará a idade que tivermos, nem ao lado de quem, continuaremos cuidando.

Bia e eu somos de religiões diferentes, mas acreditamos no mesmo Deus. A propósito, não acho que temos gostos iguais, mas certamente temos os mesmos valores. Taí uma crença que se reforçou com a nossa amizade: relações, sejam de que nível for, devem ter valores parecidos para sobreviver, não necessariamente precisam gostar das mesmas coisas. A Bia é um daqueles exemplos que tudo dá certo no final, dona de uma serenidade invejável. Sou da área de Planejamento, então é comum eu planejar. Eeeeerrr… Ando com um “kit Magygiver” no carro, que tem desde vela, álcool gel, lanterna, tênis, saco para comprar gasolina, bolsa que vira toalha, sachê de Gu, até lenço umedecido e papel higiênico. Enfim, cada um com o “TOC” que merece. A Bia? O smartphone e a sua invejável serenidade.

Abro parênteses para contar uma história nossa. A Bia mudou-se para São Paulo e então, combinamos assistir ao jogo do nosso amado tricolor paulista no Morumbi. Eu, daquele jeito, escolhi o jogo, comprei passagens com antecedência. A Bia ficou encarregada de comprar os ingressos, visto que não eram vendidos pelo site com a antecedência que eu gostaria. Sábado, dia do jogo, eu na terra da garoa, vestida de tricolor e cadê os ingressos? A Bia ainda não tinha compradoooooooo!!!! Mas, como já comentei, a Bia é adepta ao “tudo dá certo no final”. Até hoje não entendi direito o que ela e o Edu fizeram, sei que assistimos no lugar mais VIP do estádio. Aquele com tudo free, brinde de celebridade e ver os ídolos de pertinho.

Às vezes me pego pensando: minha amiga é rica, rica de sentimentos, de aspirações e de valores; guerreira; corajosa; bonita. Então concluo: minha amiga não é rica, ela é nobre!

Acredito que Deus protege e cuida de todos os seus filhos, mas esse crédito de ajudar a “dar certo no final” é privilégio concedido a alguns. Como se fosse um pacote plus, o qual só alguns têm direito. Àqueles que têm fé inabalável, àqueles cujas ações são voltadas ao bem do próximo, àqueles que sabem sentir gratidão, àqueles que lutam com respeito ao lado oposto, àqueles que têm o amor e valores guiando suas vidas. A Bia certamente é uma dessas pessoas. Ela faz por merecer o pacote plus!

No seu aniversário querida amiga, meu desejo é que você continue recebendo suas graças, que ninguém se aproxime de você sem se sentir melhor ou mais feliz, que sua energia continue vibrante e contagiando a todos. Que você tenha saúde e sucesso em toda a sua vida. Que você tenha felicidade com pacote plus!

Sinta meu abração, Mag.

MF, 19.08.2014.