Coragem!

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Nos últimos tempos, estive refletindo sobre coragem.

A palavra coragem vem da raiz latina cor, que significa “coração”, pela noção corrente em tempos clássicos de que este órgão era a sede desta qualidade. Para os franceses, coeur = coração, age = ação. Ou seja, estamos falando aqui em agir com o coração.

Defendo arduamente as ações que são fruto do coração, mas refiro-me agora ao jeito amoroso que precisamos ter com a gente mesmo. Aquele jeitinho mais leve de lidar com aquelas questões que não gostamos na gente ou ainda aquelas que estamos “patinando” há algum tempo. É olhar para dentro de si com mais amorosidade. É permitir-se ser “imperfeito” e conseguir ver beleza nisso.
Por n razões – educação, religião, crenças diversas, sociedade – criamos em nossa mente um combo de super homens e mulheres incríveis (o corpo da cantora + a mente da Mrs. Obama + a conta da executiva + a popularidade de fulana de tal), e passamos uma vida correndo atrás disso. Seguimos o inconsciente coletivo…

A jornada do autoconhecimento é linda e, ao mesmo tempo, repleta de indagações existenciais. Ao fuçarmos as questões do autoconhecimento, nos damos conta que não somos super homens nem mulheres incríveis e aí a coisa pega. Todo aquele investimento para sermos o que não conseguimos ser (e possivelmente, se analisarmos, nem queiramos ser) passa por um revisão crítica e severa da nossa mente. Aí entra a coragem!

A amorosidade de aceitar quem realmente somos. A amorosidade de definir metas tangíveis para melhorar o que é possível. A amorosidade para conviver consigo mesmo em todos os ciclos da vida. A amorosidade necessária para aceitar que o seu tempo de aprendizado pode ser diferente. A amorosidade para seguir firme também no árduo período de plantio. A coragem para aceitar que, ainda que não seja um super homem nem um mulher maravilha, você é único. E, se você permitir, a vida dará um jeitinho de lhe mostrar o quanto você é especial!
MF, 17.04.2017

O Amor e Um Mundo Melhor

Live love laugh

SE é uma palavrinha feia, chata, inconveniente, que volta e meia ouço nos processos de Coaching. Eu mesma já a pronunciei em vários momentos da minha vida. Mas agora eu tô mais PRESENTE, mais CONSCIENTE e mais AMORosa, e o SE já quase nem faz parte dos meus dias.

Infelizmente o SE condiciona nossas ações e, consequentemente, os resultados, tirando as rédeas da nossa vida. É um balde de água fria na nossa genuína FELICIDADE. Nascemos sem o SE, mas ao longo da vida, ouvimos diversas vezes: se você passar de ano, o Papai Noel vai trazer presente; se obedecer a mamãe, vai ganhar sorvete; se não brigar com o irmão; se respeitar a professora; se não puxar o rabo do gato…

Eric Berne, psiquiatra norte-americano, foi meio moderninho lá por volta de 1945, ao fazer a anamnese dos seus pacientes através de um método mais simples do que o convencional para os padrões da época (apenas 2 perguntas). Ele também valorizava a imagem intuitiva que fazia dos seus pacientes e com isso, iniciou um rigoroso estudo sobre a INTUIÇÃO. Em 1958, Berne cria a Análise Transacional (AT), um método psicológico que analisa os Estados de Ego (Pai, Adulto e Criança), cada qual com seu conjunto de pensamentos, sentimentos e comportamentos com os quais interagimos com outras pessoas. Estar consciente em qual estado de ego estamos (porque esses estados de ego podem variar no decorrer do dia, principalmente quando não estamos presentes no presente) nos ajuda a comunicar e agir de forma mais assertiva e, porque não dizer, mais HUMANA.

O sonho de consumo das interações humanas é que todos estejamos no estado de ego Adulto (nem Pai nem Criança, nem opressor ou crítico, nem rebelde ou livre demais). Mas e os SEs e outras cositas mais que todos trazemos? Pois então… Berne dizia: “todos nós nascemos príncipes e princesas, mas às vezes nossa infância nos transforma em sapos“. É uma filosofia positiva e de confiança na capacidade que todos nós temos de resgatar a nossa essência. Daí surge a Teoria da Okeidade: todos nós nascemos bem, todos nós nascemos OK.

Outra palavrinha ‘fia da mãe’ é o QUANDO. Quando eu tiver isso; quando eu assumir o cargo tal; quando chegar as férias… Condicionamos nosso PRAZER e felicidade à chegada de algo, de alguém, do amanhã. Vivemos no futuro, desvalorizando a MAGIA e a BENÇÃO que é o PRESENTE.

O AUTOCONHECIMENTO é um caminho poderoso para nos ajudar a resgatar o nosso OK e a viver com maestria o PRESENTE. Também nos ajuda no exercício de olhar para o outro e saber que ele também tem seus SEs, seus QUANDOs e sentir uma profunda COMPAIXÃO. E quando isso acontece, AMAMOS. Amamos a nós mesmos e ao próximo. Tudo se TRANSFORMA! Tudinho!

Pode não ter gosto de brigadeiro nem doce de leite, olhar parar dentro de si e enxergar algumas caquinhas. Mas tem gosto DIVINO ter  a CONSCIÊNCIA de quem SOMOS, tem gosto divino a consciência de que podemos RENASCER todos os dias, tem gosto divino a consciência da nossa capacidade infinita de AMAR.  Acredito e vivo esse lema: O AMOR E UM MUNDO MELHOR. É esse lema que me inspira, que me faz sorrir marotamente, despretensiosamente, e que me move para transformar o mundo. Bora juntos?!

MF, 17.02.17