As pessoas gostam da gente pelo que temos no “lado de dentro”?

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Chico e eu estamos fazendo 3 meses juntos hoje.

Chico não sabe qual a minha profissão, o saldo da minha conta corrente, se tenho cartão de crédito, se tenho bicicleta, carro ou blog. Se moramos num apartamento financiado, quitado ou alugado. Pra ele não faz diferença o valor do osso nem da ração que eu dou a ele, nem tão pouco, o valor da sua caminha… A propósito, ele continua preferindo a caixa de ‘azeitonas vale fértil’ que arrumei num supermercado no dia que o adotei.

Reflito sobre as relações humanas… As pessoas gostam da gente pelo que temos no “lado de dentro”? Por quem genuinamente somos? Chega a dar um aperto no coração… Concordo que devemos ser respeitados pelo que conquistamos e pelos papeis que assumimos. Mas qual a importância que devemos dar a isso? Sou maluca para dizer: nenhuma! Bom mesmo é aquele calor que sentimos com a presença de certas pessoas…

Chico reconhece o meu astral pelo meu tom de voz, pelo meu olhar… Quanta sensibilidade num cãozinho que só tem 4 meses de vida! Descobrimos afinidades: pop rock, carinho, correr e praia. Também somos comilões, gostamos de brincar e de ficar de preguiça aos domingos.

Ele é tão inocente e livre de rótulos, julgamentos e preconceitos… Me ensina… Me emociona…

Cada vez mais enxergo a beleza do simples… Cada vez mais entendo que devemos ser reconhecidos e valorizados pelo bem que fazemos ao mundo, pela alegria que causamos aos que estão ao nosso lado. Sem vergonha, sem pudor.

Contei a ele sobre esses 3 meses e ganhei uma lambida de gratidão… : )))

Ainda não sei quem adotou quem… Sei que estamos felizes!