Seguindo Novos Caminhos

05.1

Tomara que esse texto chegue para todos que estão com o coração pulsando por novos caminhos… 😀

Amigos e clientes me questionam sobre como é mudar de carreira, quando que dá o click, se estou mais feliz, se ganho mais, etc. Resolvi contar sobre a minha experiência.

Bom, tenho que falar um pouco sobre minhas aspirações e sonhos, aqueles que todos temos antes mesmo de prestar o vestibular. Contar também sobre o que faziam meus pais, suas habilidades e o tamanho da influência que isso pode ter em nossas escolhas profissionais.

Herdei de minha mãe, matemática, o gosto e a habilidade para lidar com números, cálculos e todos os tipos de contas. Detonei em matemática e física no vestibular. Também mandei bem em redação, mas isso não sei de quem puxei.

Herdei do meu pai, o tino para a área comercial e o traquejo para lidar com as pessoas. Ele tinha comércio de materiais esportivos e eu adorava ajudar na loja depois de chegar da escola.

Graduei em Administração com Habilitação em Comércio Exterior, o Comex veio única e exclusivamente de um desejo de outras vidas de voltar a morar perto do mar. Em Joinville, onde graduei e iniciei minha vida profissional, trabalhei na área comercial e fazia todo o processo de venda desde a prospecção até o pós-venda. Vendi de geladeiras e aparelhos de ar condicionado a tubos e conexões de pvc. A trabalho, nessa época, viajei para o Sul e Sudoeste do Estado de Santa Catarina e conheci o Estado de Pernambuco. Foram boas viagens.

Novos sonhos me trouxeram a Curitiba e aqui ingressei na área Administrativa Financeira, colocando em prática, parte do que aprendi na facul. Trabalhei em uma gigante multinacional da área de TI e costumo dizer que foi a melhor e a pior empresa da minha vida. Era uma empresa ágil, aberta, que instigava diariamente o tal correr riscos. Os funcionários tinham autonomia, responsabilidade e a remuneração condizia com tudo o que nos era proporcionado, bem como tudo o que era cobrado em termos de resultados. Porque então a pior empresa? Porque, embora eu tenha tido experiências enriquecedoras em outras empresas depois dessa, nenhuma outra me fez enxergar tão longe e despertou em mim o gostinho por arriscar. Anos depois, me especializei em planejamento estratégico, financeiro e balanced scorecard. Sou daquelas que, ou faz bem feito ou nem sai de casa, então posso afirmar sem modéstia, que sempre fui uma excelente profissional. Errava, mas era boa em corrigir, aprender e ensinar. Até aqui, tudo bem obrigada, apesar das habituais 10 horas diárias de trabalho. Entrei no automático e só fui me dar conta disso algum tempo depois. A trabalho, nessa época, viajei aos Estados Unidos e todo o Estado do Paraná. Foram boas viagens.

Era uma noite gelada em Curitiba, devia ser próximo das 23h e lembro que todos os carros estavam cobertos de gelo no estacionamento da empresa. No caminho para casa, quase chegando, encontrei o caminhão do lixo, aquele que faz a limpeza noturna na cidade. Pqp, pensei, pois não dava para ultrapassa-los e mudar o trajeto era arriscado em função do horário, e eu desejando chegar em casa o quanto antes. Reparei que os moços que estavam recolhendo os lixos brincavam, sorriam e jogavam bola entre pegar um lixo e outro. Naquele momento pensei: estou dentro do carro, ar condicionado quente ligado, ouvindo minhas músicas, porém estou insatisfeita; eles estão do lado de fora, no frio, provavelmente sentindo cheiro do lixo, porém estão se divertindo e, aparentemente, muito felizes.

Essa reflexão ressoou em mim por dias, semanas… conclui que gostava do que fazia, mas estava no automático, o tesão e o brilho nos olhos já não faziam parte do meu ser. E todos nós, genuinamente, temos isso (tesão e brilho no zóio).

Nessa época, por motivos pessoais, eu já investia em autoconhecimento, bem como em outras alternativas para diminuir o stress. Chega um patamar da carreira em ambientes corporativos que, nós mulheres, temos que ser mais macho do que muito homem. Mas, essa não era a minha essência, e eu me esgotava. Foi aí que “cruzei” com a deeksha, a meditação, o reiki, o xamanismo, a terapia ayurvédica, a yoga, além da corrida de rua, a qual já fazia parte da minha rotina há anos. Também comecei a me interessar pela leitura de outros autores que não me foram apresentados na facul nem nas organizações. Em algum dos livros lidos nesse período, houve uma questão sobre qual era a brincadeira preferida da infância. Resposta: eu dava aula para as minhas bonecas! Amava fazer isso, colocava elas lado a lado, um quadro negro com cavalete ‘muito da hora’ que eu tinha, minha caixinha de giz e mandava ver.

Nessa época também, eu tomei uma decisão: não queria pagar o preço de um cargo mais alto, essa aspiração já não fazia mais parte da minha realidade, já não fazia mais sentido para mim. Abro parênteses aqui: era uma escolha minha e admiro todos que conquistam seu espaço seja ele qual for, indiferentemente do nível e o preço que pagam. Fato é que aquele já não era um espaço que inspirava os meus pensamentos e ações. Entendo também que o futuro nas organizações é a “horizontalização” e a geração millenium está aí para mostrar que hierarquias podem ser dispensáveis, que a liderança precisa ser servidora e a vida profissional também deve ser vivida com muito prazer. Eita moçada porreta.

Num dos processos de autoconhecimento, conclui que o que eu mais gostava de fazer naquela minha rotina corporativa maluca era organizar, elaborar, cuidar, criar e aplicar os programas de desenvolvimento para a equipe a qual era gestora. Eu também me divertia treinando, informalmente, novos gerentes. A resposta tá na cara da gente, ou melhor, tá dentro da gente, mas é preciso silenciar para ouvi-la e senti-la. Também é preciso querer senti-la.

O que eu posso dizer é que quando colocamos o nosso melhor a serviço do Universo, o mundo todo sai ganhando, diariamente nos transformamos e transformamos tudo a nossa volta. E quando o trabalho nos dá a oportunidade de compartilhar amor, vale tudo! Isso é o que fica! Sabe aquilo que você quer muito fazer, mas acredita ser uma loucura, um sonho? Pense, imagine-se fazendo, fale sobre isso, compartilhe. Quando você expressa, começa a materializar… E ainda toma as rédeas da sua vida. Me permitam um conselho: nutra suas ideias, sinta-as florescer; quando nascem do coração, os outros se unem para nutri-las contigo.

Hoje minha rotina de trabalho não diferencia segunda ou sábado, 10h ou 22h. Não espero férias e não tenho 13º. salário ou bônus. Zerei a previdência investindo em cursos e viagens para a nova carreira. Cada processo, individual ou empresarial, tem o brilho dos meus olhos e a dedicação da minha alma. De verdade, me arrepio e emociono em escrever sobre isso (ai ai…). Eu também sinto medo, sinto dor, tenho insegurança e às vezes corro atrás do rabo, mas aprendi a reconhecer e ver com novos olhos esses sentimentos. Então eu os acolho, negócio com eles, transformo em aprendizado e sigo sorrindo. É preciso amorosidade consigo mesmo para essa autoanálise, bem como deixar de lado sentimentos de culpa ou auto piedade, pois são sabotadores nível hard.

Ajudo as pessoas a se conhecerem, a se conectarem com o seu Eu, a potencializarem seus pontos fortes e a conviverem com os pontos fracos, a seguirem em paz com a sua essência e verdade; ajudo empresas a encontrar as pessoas adequadas para um determinado cargo; ajudo os líderes a lembrarem que antes de tudo, são pessoas, assim como também são os seus subordinados. Acredito na força criadora que todos nós temos e facilito os processos de reconexão com essa “força”. Meu trabalho é um processo contínuo de ensinar e aprender, de acolher e expandir, de curar e ser curada. Somos todos um. Hoje, a trabalho, eu viajo pela mente, pelas motivações, pelos medos e desejos dos seres humanos. É uma bela viagem!

Namastê! Muito amor, Magda.

“Isso de ser exatamente o que se é, ainda vai nos levar além.” Paulo Leminski.

MF, 22.02.2017

Faço Desenho Com As Nuvens

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Eu preciso do sol

Faço desenho com as nuvens, pulo ondas no mar e só costumo sair quando meus dedos estão murchinhos. A brisa sopra em meu rosto, desalinha meus cabelos, antes contra a minha vontade, agora com a minha permissão. Nunca enxerguei tão longe, nem meu sorriso foi tão feliz e meus pensamentos com tanta loucura. Deliciosa e sensata loucura!!!

Costumo correr pelas ruas, faço isto a quinze centímetros do chão, observando o brilho das pessoas, a natureza, o céu, o sol, as flores, os pássaros e a vida cotidiana de uma grande cidade. Meu treinador diz que nunca vou melhorar meu tempo deste jeito, fica bravo, mas não por muito tempo. Fico feliz quando as pessoas não conseguem ficar mais que 3 minutos bravas comigo.

Meu pedacinho geminiano me deixa com as antenas ligadas o tempo todo, entendo tudo sem precisar ler pensamentos. Minha intuição é minha parceira. Meu pedacinho canceriano me faz cuidar das pessoas, há quem não goste ou não entenda, mas é mais forte do que eu, vem de dentro.

Prezo a liberdade e você pode sair da minha vida quando quiser, não sem antes se sentir um pouco mais feliz. Se ficar, ótimo. Vou torcer e me esforçar que seja para sempre. Porque depois de muitos arrepios, eu to aprendendo o caminho. Venha comigo, você não vai se arrepender. Dou a minha palavra e toda a verdade que há nela.

MF, 04.09.2012.

O Amor e Um Mundo Melhor

Live love laugh

SE é uma palavrinha feia, chata, inconveniente, que volta e meia ouço nos processos de Coaching. Eu mesma já a pronunciei em vários momentos da minha vida. Mas agora eu tô mais PRESENTE, mais CONSCIENTE e mais AMORosa, e o SE já quase nem faz parte dos meus dias.

Infelizmente o SE condiciona nossas ações e, consequentemente, os resultados, tirando as rédeas da nossa vida. É um balde de água fria na nossa genuína FELICIDADE. Nascemos sem o SE, mas ao longo da vida, ouvimos diversas vezes: se você passar de ano, o Papai Noel vai trazer presente; se obedecer a mamãe, vai ganhar sorvete; se não brigar com o irmão; se respeitar a professora; se não puxar o rabo do gato…

Eric Berne, psiquiatra norte-americano, foi meio moderninho lá por volta de 1945, ao fazer a anamnese dos seus pacientes através de um método mais simples do que o convencional para os padrões da época (apenas 2 perguntas). Ele também valorizava a imagem intuitiva que fazia dos seus pacientes e com isso, iniciou um rigoroso estudo sobre a INTUIÇÃO. Em 1958, Berne cria a Análise Transacional (AT), um método psicológico que analisa os Estados de Ego (Pai, Adulto e Criança), cada qual com seu conjunto de pensamentos, sentimentos e comportamentos com os quais interagimos com outras pessoas. Estar consciente em qual estado de ego estamos (porque esses estados de ego podem variar no decorrer do dia, principalmente quando não estamos presentes no presente) nos ajuda a comunicar e agir de forma mais assertiva e, porque não dizer, mais HUMANA.

O sonho de consumo das interações humanas é que todos estejamos no estado de ego Adulto (nem Pai nem Criança, nem opressor ou crítico, nem rebelde ou livre demais). Mas e os SEs e outras cositas mais que todos trazemos? Pois então… Berne dizia: “todos nós nascemos príncipes e princesas, mas às vezes nossa infância nos transforma em sapos“. É uma filosofia positiva e de confiança na capacidade que todos nós temos de resgatar a nossa essência. Daí surge a Teoria da Okeidade: todos nós nascemos bem, todos nós nascemos OK.

Outra palavrinha ‘fia da mãe’ é o QUANDO. Quando eu tiver isso; quando eu assumir o cargo tal; quando chegar as férias… Condicionamos nosso PRAZER e felicidade à chegada de algo, de alguém, do amanhã. Vivemos no futuro, desvalorizando a MAGIA e a BENÇÃO que é o PRESENTE.

O AUTOCONHECIMENTO é um caminho poderoso para nos ajudar a resgatar o nosso OK e a viver com maestria o PRESENTE. Também nos ajuda no exercício de olhar para o outro e saber que ele também tem seus SEs, seus QUANDOs e sentir uma profunda COMPAIXÃO. E quando isso acontece, AMAMOS. Amamos a nós mesmos e ao próximo. Tudo se TRANSFORMA! Tudinho!

Pode não ter gosto de brigadeiro nem doce de leite, olhar parar dentro de si e enxergar algumas caquinhas. Mas tem gosto DIVINO ter  a CONSCIÊNCIA de quem SOMOS, tem gosto divino a consciência de que podemos RENASCER todos os dias, tem gosto divino a consciência da nossa capacidade infinita de AMAR.  Acredito e vivo esse lema: O AMOR E UM MUNDO MELHOR. É esse lema que me inspira, que me faz sorrir marotamente, despretensiosamente, e que me move para transformar o mundo. Bora juntos?!

MF, 17.02.17

Ressignificar!

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Viajei. Me perdi na chegada da cidade. E também me perdi na saída. Será?

Quando cheguei, percebi pela quilometragem do carro que já tinha passado do destino. Resolvi entrar na primeira à direita e sentir onde deveria parar e questionar sobre o caminho. Era uma praça, pai e filhinha curtiam a noite quente. Enquanto Josué me explicava como retornar, Luana entrou com tudo (com tudo mesmo) na conversa. Devia ter uns 2 aninhos, esticou os bracinhos me pedindo colo. Engraçado que era a repetição de uma cena acontecida naquela manhã, na garagem do prédio onde moro. Eu também repeti minha ação: peguei-a no colo com a mesma ingenuidade e afeto com a qual aqueles bracinhos me abraçavam. Senti a Julia… Respira Magda…

Na volta, eu não achava a perimetral, estava no meio de uma cidade, parei num posto. Entrou a Marcela, frentista do posto na história. Expliquei donde vinha e qual era o destino. Ela aparentava ser mais nova do que eu e pareceu ficar preocupada. Achei engraçado, mas contive a gargalhada. Marcela repetiu algumas vezes o caminho que eu deveria fazer e certificou que eu o havia gravado. Fiz o retorno que me explicou e passei novamente pelo posto. Marcela estava ali, me esperando, acenou… Reparei pelo retrovisor que ficou me cuidando até que nos perdemos de vista…

Acredito e vivo a filosofia (entre outras) do “presente”, acho de verdade que torna a vida mais leve, mas entendo que às vezes é preciso analisar o passado e avaliar se não estamos repetindo padrões que já deveriam ter sido descartados da nossa vidinha. É uma técnica de Coaching volta e meia oportuna. Busquei alguns momentos em que me senti perdida na vida: a saída de São Chico aos 15 anos; as outras mudanças de cidade (embora desejadas e conscientes); as trocas de emprego; as horas de luta minha e da Julia; a decisão por empreender, etc e tals.  Lembrei que, em todos esses momentos, fui muito acolhida, assim como fui na chegada e na saída de Santos.

Em tempo, reconhecer que temos pontos fracos e refletir sobre como saímos de tais situações nos ajuda a perceber e sentir que somos mais fortes do que acreditamos ser. Sério isso, Magda? Juro procê que sim! Cola nimim.

De verdade, acredito que tais momentos nada mais são do que dicas da vida, do Eu Superior, do Anjo da Guarda, do Buda, de Krishna, de Maria, da voz do além, do que você acreditar, que há outras perspectivas que você precisa enxergar, sentir, vivenciar. De verdade, acredito que precisamos ressignificar a palavra “perdido” para a palavra “oportunidade”, um novo caminho. Aliás, um belo caminho, com belas palavras a serem ditas, com belo momentos a serem vividos! Ressignificar, transformar, mudar, reconhecer, evoluir… Esse quebra de paradigma das nossas crenças só cabe a nós, exclusivamente a nós, e começa de dentro. Assim como também é de nossa responsabilidade criar o mundo ao qual queremos pertencer. O mundo externo e o nosso mundo interno. E isso nos faz mestre de nós mesmos. Demais, né? Vamos juntos!

MF, 15.02.2017.