Julia Roberts passou meses na Itália, Índia e Bali. Diane Lane decidiu morar na Toscana. Eu passei alguns dias em Minas Gerais, em Delfim Moreira mais precisamente.
Havia comentado que precisava dar um reset, reconectar-se e assim o fiz. A experiência em DM foi única, transcendeu minhas expectativas. Conheci e reconheci pessoas, visitei cachoeiras belíssimas, meditei e comi naturalmente muito bem. Considero válidos esses períodos de descanso. São necessários para sairmos do automático, para que deixemos de lado hábitos e pensamentos rotineiros. São fundamentais para darmos espaço ao novo. Nova cultura, novas perspectivas… descobertas. Uma condicional: querer, permitir o novo entrar. Um desafio: manter esse espaço para o novo sempre aberto. Cilada: crenças limitantes.
Rezei na cachoeira, rezei à beira da fogueira. Conversei com pedras, com árvores e com borboletas. Muitos papos com o meu Anjo da Guarda. Daria para fazer isso em Curitiba ou em qualquer outro lugar? Certamente daria. Vencida a dúvida de ser julgada de maluca ou sem noção, certamente daria. Tenho que admitir que o ambiente favorece e ajuda a manter a vibe.
Curitiba e seus lindos parques, belas praças, suas árvores abraçadinhas em bairros comerciais, capital ecológica, por que me policiei para essas atitudes por aqui? Resposta: crenças limitantes. A crença de que é preciso sair do ambiente que vivemos para reconectar-se. Sair favorece, mas não deve ser condicionante para a conexão.
Aí vem outro desafio: manter esse espaço para o novo sempre aberto onde quer que estejamos. E foi esse o meu maior aprendizado em Delfim Moreira: a conexão está em mim, ou seja, posso estar em um lugar paradisíaco ou não, estar conectada às minhas crenças, valores e meu Eu Superior acontece em qualquer lugar, em qualquer dimensão. Descobrir coisas novas em velhos ambientes, é possível. Basta estar sintonizada em querer que assim seja, independente do ambiente, das companhias e de tudo o mais que nos cerca.
Tenho lido com frequência as citações de Osho e uma delas encaixa-se muito bem com a minha descoberta: “A questão não é ir para o céu, mas aprender a arte de estar no céu onde quer que você esteja”.
MF, 20/03/2016 saudando o novo Ano Solar.
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